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  • Resenha: VENCER OU MORRER (Vaincre ou Mourir) ( CABINE DE IMPRENSA )

     


    “Vencer ou Morrer” (Vaincre ou Mourir) é um drama histórico francês lançado em 2023, com direção de Paul Mignot e Vincent Mottez. O filme retrata a história real de François-Athanase Charette de La Contrie, um ex-oficial da Marinha Real que liderou a resistência católica na região da Vendeia durante a Revolução Francesa. A produção destaca a luta do povo vendeano pela liberdade religiosa e pela preservação de suas tradições diante da repressão revolucionária. 

     Enredo e Temática

    Ambientada em 1793, a longa acompanha Charette, interpretada por Hugo Becker, que, após anos de tranquilidade, é convocada por camponeses para liderar uma insurreição contra o regime revolucionário. Unindo camponeses, desertores e religiosos sob o símbolo do Sagrado Coração de Jesus, Charette organiza uma resistência que desafia o poder estabelecido, destacando temas como fé, coragem e liberdade de consciência. 


     Produção e Estilo

    Filmado nos locais históricos onde ocorreram os eventos retratados, "Vencer ou Morrer" busca fidelidade histórica e estética. A direção de arte, assinada por Audrey Malecot e Iréne Marinari, e a trilha sonora de Nathan Stornetta retratada para a imersão do espectador na atmosfera do século XVIII. O elenco conta ainda com Rod Paradot, Gilles Cohen e Constance Gay, que entregaram performances marcantes. 

     Recepção e Controvérsias

    Na França, o filme atraiu cerca de 300 mil espectadores, mas recebeu críticas erradas. Enquanto alguns elogiaram a produção para resgatar um pouco conhecido da história francesa, outros apontaram uma abordagem ideológica tendenciosa, com críticas à representação da Revolução Francesa e à suposta exaltação de valores monarquistas e católicos tradicionais. 

     Estreia no Brasil

    “Vencer ou Morrer” tem estreia prevista nos cinemas brasileiros para 5 de junho de 2025, com distribuição da Kolbe Arte. A chegada do filme ao país promete suscitar debates sobre liberdade religiosa, resistência e os limites entre fé e polític

  • Resenha: BOLERO, A MELODIA ETERNA ( CABINE DE IMPRENSA )


     "Bolero: A Melodia Eterna" é uma cinebiografia dirigida por Anne Fontaine que mergulha na vida do compositor francês Maurice Ravel, destacando o processo de criação de sua obra mais famosa, o "Bolero". O filme busca explorar não apenas a composição musical, mas também os conflitos internos e as complexidades emocionais de Ravel. 

     Enredo e Temática

    Ambientado na Paris dos anos 1920, o filme retrata Ravel, interpretado por Raphaël Personnaz, enfrenta uma crise criativa enquanto tenta compor uma peça para a bailarina Ida Rubinstein. A narrativa intercala momentos do passado e do presente, revelando as influências pessoais e profissionais que moldaram sua música. O longo também abordou a relação de Ravel com Misia Sert, sua musa e amiga, e como suas experiências na guerra e na vida pessoal impactaram sua arte. 

     Atuação e Direção

    Personnaz entrega uma performance contida e introspectiva, capturando as nuances emocionais de Ravel. Doria Tillier, como Misia, e Jeanne Balibar, como Ida, complementam o elenco com atuações marcantes. A direção de Anne Fontaine opta por uma abordagem sensível e contemplativa, evitando dramatizações excessivas e focando na jornada interior do compositor. 


     Aspectos Visuais e Sonoros

    Visualmente, o filme recria com a atmosfera da França dos anos 1920, com figuras e cenários detalhados.  A fotografia alterna entre tons quentes e sombras melancólicas, refletindo o estado emocional de Ravel.  A trilha sonora, naturalmente, destaca o "Bolero", cuja reprodução ao longo do filme serve para enfatizar a obsessão e a complexidade do processo criativo do compositor. 

     Críticas e Recepção

    A recepção crítica foi errada.  Alguns elogiaram a atuação de Personnaz e a abordagem sensível da direção, destacando a humanização de Ravel e a exploração de sua neurodivergência e assexualidade.  Outros criticaram o ritmo do filme, considerando-o morno e arrastado, e apontaram que a narrativa não conseguiu aprofundar suficientemente os conflitos internos do protagonista.  Além disso, a estrutura não linear e os flashbacks frequentes foram visíveis por alguns como elementos que dificultaram a coesão da história. 


     Conclusão

    "Bolero: A Melodia Eterna" é uma cinebiografia que busca oferecer um retrato íntimo de Maurice Ravel, explorando as complexidades de sua personalidade e o processo de criação de sua obra-prima.  Embora apresente qualidades notáveis ​​em termos de atuação e direção de arte, o filme pode não agradar a todos devido ao seu ritmo contemplativo e abordagem sutil.  Para os apreciadores de música clássica e específica na vida de grandes compositores, é uma obra que merece ser conferida

  • Resenha: Do Sul, a Vingança – Um Faroeste Brasileiro com Identidade Própria ( CABINE DE IMPRENSA )


     

    Direção: Fábio Flecha

    Roteiro: Fábio Flecha e Edson Pipoca
    Elenco: Felipe Lourenço, Espedito Di Montebranco, Bruno Moser, Leandro Faria, Luciana Kreutzer, Victor Samudio, David Cardoso
    Gênero: Ação, Comédia
    Duração: 107 minutos
    Estreia: 15 de maio de 2025
    Produção: Render Brasil
    Distribuição: Kolbe Arte


     Sinopse

    Do Sul, a Vingança acompanha Lauriano, um escritor em busca de inspiração para seu novo livro. Sua jornada o leva à conturbada fronteira entre Mato Grosso do Sul, Paraguai e Bolívia, uma região dominada pelo crime organizado. Inicialmente uma investigação simples, sua busca por um personagem conhecido como "Jacaré" se transforma em uma jornada inesperada, mergulhando-o em um mundo de perigos e revelações.


     Produção e Reconhecimento

    Com um orçamento modesto de R$ 397 mil, o filme surpreende pela qualidade técnica e narrativa. É o primeiro longa-metragem de ficção produzido no Mato Grosso do Sul a entrar no circuito comercial no Brasil, reforçando o crescimento do cinema regional e independente.

    O filme acumula reconhecimento internacional. "Do Sul, a Vingança" venceu o Los Angeles Film Awards 2025 (LAFA) como Melhor Longa-Metragem Independente e foi finalista do World Film Festival, em Cannes, um dos mais prestigiados eventos do cinema independente.


    Ambiente e Estilo

    Ambientado na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia, o filme mistura ação e comédia em uma aventura no "Velho Oeste brasileiro", com suas próprias lendas e figurinos. A trama transita entre o cômico e o trágico, apresentando personagens caricatos e situações inusitadas.


     Destaques do Elenco

    O elenco conta com Felipe Lourenço no papel de Lauriano, Espedito Di Montebranco como Jacaré e uma participação especial de David Cardoso, ícone do cinema nacional conhecido como o "Rei da Pornochanchada".


     Conclusão

    Do Sul, a Vingança é uma obra que representa um marco para o cinema brasileiro, especialmente para a produção regional. Com uma narrativa envolvente, personagens marcantes e uma ambientação única, o filme oferece uma experiência cinematográfica autêntica e inovadora.


    Sobre a Render Brasil

    Fundada em 2005 em Campo Grande (MS), a Render Brasil é uma produtora audiovisual que se destaca por unir criatividade, impacto social e excelência técnica. Especializada em cinema, publicidade e projetos culturais, atua também na assessoria de iniciativas por meio de leis de incentivo, como a Lei Rouanet e a Lei do Audiovisual. A empresa é reconhecida por seu compromisso com a acessibilidade, oferecendo recursos como Libras, audiodescrição e legendagem descritiva em suas produções. Com obras premiadas e selecionadas em festivais no Brasil e no exterior, a Render Brasil reafirma seu papel como referência no audiovisual independente e regional.

  • Resenha do Filme "O Bom Professor" (Pas des Vagues) - CABINE DE IMPRENSA


     Direção: Teddy Lussi-Modeste

    Ano: 2024
    Gênero: Drama
    Duração: Aproximadamente 1h40min

     Filme que estreou nos cinemas no dia 20 de março, com distribuição da  Mares Filmes

    "O Bom Professor" (título original: Pas des Vagues ) é um drama francês que mergulha de forma intensa e realista no universo educacional, levantando questões éticas, raciais e institucionais. O filme acompanha Lucien, um jovem professor idealista que inicia sua carreira em uma escola pública na periferia francesa. Logo ele se vê confrontado com dilemas profundos que colocam à prova seus valores e seu senso de justiça.

    A trama gira em torno de um incidente envolvendo um de seus alunos, Sofiane, acusado de comportamento inadequado. Quando Lucien decide apoiar o jovem, acreditando em sua inocência e potencial, ele entra em rota de instruções com a direção da escola e até mesmo com seus colegas, que prefere não "fazer ondas" — uma expressão que dá título ao filme em francês e resume bem a crítica que o roteiro propõe: a cultura do silêncio e da omissão nas instituições públicas.


    O filme é direto e desconfortável, evitando o sentimentalismo fácil. Ele propõe um olhar cru sobre o racismo estrutural, o preconceito social e os mecanismos de poder dentro do sistema educacional. A atuação de François Civil no papel principal é contida e poderosa, transmitindo a tensão interna de um homem dividido entre fazer o certo e proteger sua própria carreira.

    A direção de Teddy Lussi-Modeste é sóbria, com uma câmera que observa mais do que julga, e um roteiro que evita clichês, dando espaço para a ambiguidade moral dos personagens. A trilha sonora é discreta, reforçando o tom realista e dramático da narrativa.

    "O Bom Professor" não oferece respostas fáceis. Pelo contrário, o longa levanta perguntas incômodas sobre como lidamos com a verdade, com o outro e com os nossos próprios limites éticos. É um filme necessário, especialmente em tempos em que o papel do educador e o racismo institucional ainda são temas urgentes.

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