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  • PRIMEIRAS IMPRESSÕES DO ANIME: CESTVS: THE ROMAN FIGHTER

     


    Se você é fã de pugilismo / boxe, provavelmente vai gosta de Cestvs: The Roman Fighter. Nele somos apresentados às primeiras competições e a origem podre do esporte onde os romanos usavam de garotos escravos com algum talento para lutarem em seu nome e ganhar dinheiro em cima disso. Os jovens eram obrigados a lutar e se perdessem, sua punição era a morte.

       

    Em meio a este sistema sujo, acompanhamos o jovem Cestvs (se pronuncia Cestus) que sofre nas mãos de seu “dono” por não querer lutar, mas também não querer morrer. Assim o garoto treina dia e noite para sobreviver, ainda que sua personalidade frágil o leve a ficar em situações de perigo em alguns momentos.

    Quanto a parte técnica, não se assustem com o começo em 3D mal feito, depois dessa cena o anime fica mais no 2D e tem até uma animação e designs bons, nada espetacular, mas dá pra seguir a história sem se incomodar com a parte técnica.

    Sinopse: 

    Na Roma Antiga, no ano de 54 D.C., vive Cestus (Cestvs), um jovem órfão escravizado pelo Império Romano e colocado em uma escola de treinamento de boxe para lutar no Coliseu Romano. Assim começa a jornada do garoto para desafiar seu destino e lutar pela sua liberdade.


    Expectativas:

    Este anime eu recomendo para quem gosta de animes de esporte e também históricos, ainda que dessa vez seja sobre a história de Roma ao invés do Japão. Vale apena prestigiar.


    Ficha técnica: Cestvs: The Roman Fighter

    Gênero: Ação, Histórico, Drama, Seinen

    Estúdio: Bandai Namco Pictures

    Origem: Mangá

    Data de estreia: 15 de abril


  • Erica - Game / PlayStation 4


    Erica é um game exclusivo para PS4 que funciona como um Thriller interativo. Nele, os jogadores acompanham o desenrolar de uma trama repleta de mistérios, onde cada um das decisões tomadas podem levar a rumos bem diferentes e surpreendentes. 



    Uma homenagem aos antigos Point and Click

    O jogo era estrelado pela atriz Victoria Morsell, que gravou horas e horas de cenas em uma tela com fundo azul onde os eventos eram inseridos digitalmente. Sendo assim, Phantasmagoria era basicamente um filme de terror, onde você decidia os rumos do enredo apontando e clicando em elementos destacados na tela.



    Suspense e uma pitada de terror

    Ainda fazendo um comparativo com Phantasmagoria, Erica é um jogo que carrega uma trama um tanto tensa, mas sem o terror explícito do clássico dos anos 90. Nele, você assume o controle da protagonista que dá nome ao jogo, e que precisa ajudar um detetive a solucionar um assassinato que envolve uma série de mistérios como o passado da personagem.


  • Reviews - Cannon Busters ( Um a série original Netflix )

     Cannon Busters – Divulgação/Netflix

    A história de origem norte americana se passa em um mundo fictício onde uma guerra está para estourar e um golpe de estado obriga o príncipe do reino se separar de sua melhor amiga criada especialmente para essa função. S.A.M. é um sistema amigo mecanizado que depois da separação se une a dois personagens pouco prováveis para tentar se reencontrar com seu melhor amigo. Esse anime  e livremente  baseado Cannon Busters é uma série de quadrinhos de fantasia americana de LeSean Thomas, lançada em março de 2005. 


    Sinopse: História de S.A.M, uma androide da realeza. Ela é acompanhada por um robô de manutenção e um fugitivo perigoso. O trio embarca em uma jornada atrás do melhor amigo de S.A.M, o herdeiro de um reino que está sendo sitiado. O anime mescla elementos western com robótica, recheado de cenas de ação.


     Cannon Busters – Divulgação/Netflix

    Inegavelmente, o anime apresenta diversos elementos que podem o tornar um sucesso. Com uma animação de qualidade, personagens carismáticos e combates bem construídos, a produção tem tudo para cair no gosto da galera e quem sabe garantir uma continuação. Só para ilustrar a insanidade de algumas cenas, um dos personagens possui um Cadillac que se transforma em um touro.



    O trabalho de animação lembra muito animes como Cowboy Beebop e Samurai Champloo, os elementos de mundo alternativo com robôs super avançados, raças das mais diversas e maldições que fazer parte da trama.


  • Primeiro olhar para 'Chilling Adventures of Sabrina' Parte 3 chega com imagens de estreia, vídeo musical de Witchy


    A Netflix aproveitou hoje a oportunidade para desvendar Chilling Adventures of Sabrina   Parte 3, que deve estrear no serviço de streaming em 24 de janeiro. Os fãs apreciam a nova temporada, cortesia de algumas imagens de estreia, mas também um videoclipe para uma música original de todas as coisas. "Straight to Hell" é apresentado por Spellman & Lovecraft e é deliciosamente cafona.



    A Parte Três encontra Sabrina se recuperando dos eventos angustiantes da Parte Dois. Embora ela tenha derrotado seu pai, Lúcifer, o Lorde das Trevas permanece preso dentro da prisão humana de seu amado namorado, Nicholas Scratch. Sabrina não pode viver sozinha, sabendo que Nick fez o sacrifício final e está sofrendo, queimando no inferno sob o olhar atento de Madame Satan. Assim, com a ajuda de seus amigos mortais, "The Fright Club" (composto por Harvey, Rosalind e Theo), Sabrina faz sua missão libertá-lo da condenação eterna e trazê-lo de volta aos seus braços. No entanto, o assalto do Lorde das Trevas enviou ondas de choque através dos reinos - e, sem ninguém no trono, Sabrina deve assumir o título de "Rainha" para defendê-lo contra um desafiante, o belo Príncipe do Inferno Caliban. Enquanto isso, em Greendale, um misterioso carnaval chega à cidade, trazendo uma ameaça aos Spellmans e ao clã: uma tribo de pagãos que procura ressuscitar um mal antigo…



    Com Kiernan Shipka , Miranda Otto , Lucy Davis , Ross Lynch , Gavin Leatherwood , Chance Perdomo , Jaz Sinclair , Lachlan Watson , Michelle Gomez , Richard Coyle , Tati Gabrielle , Adeline Rudolph , Abigail Cowen e Lachlan Watson , Chilling Adventures of Sabrina, parte 3 chega à Netflix em 24 de janeiro.

  • El Camino: A Breaking Bad Film / Reviews


    El Camino: A Breaking Bad Movie promove um reencontro dos fãs com o personagem Jesse Pinkman, interpretado pelo vencedor do Emmy Aaron Paul. Em fuga, Jesse precisa acertar suas contas com o passado, se quiser construir algum tipo de futuro. Cheio de suspense, a produção Netflix tem roteiro e direção de Vince Gilligan, o criador de Breaking Bad. O filme é produzido por Mark Johnson, Melissa Bernstein, Charles Newirth, Diane Mercer e Aaron Paul, em associação com a Sony Pictures Television.


    El Camino, batizado a partir do carro que acompanha o desenrolar do destino de Jesse Pinkman (Aaron Paul), exibe algumas características já conhecidas de Gilligan, principalmente no que diz respeito à linguagem. Para uma história relativamente simples, o diretor e roteirista adota aquilo que se tornou sua marca registrada: a bem-vinda complexidade na hora de pensar seus planos e quadros. Isso pode ser identificado já na cena inicial, quando o longa abre com uma paisagem nítida em contraste com a forma desfocada do protagonista, valorizando o mundo exterior tão cobiçado por um homem que passou seus últimos meses trancafiado em uma jaula. Ainda mais elegantes são as transições que Gilligan emprega em toda a trama. Inicialmente, da fuga acelerada de Pinkman para uma batida de carro na tela de videogame; mais à frente, o teto que se transforma em uma grade, ilustrando o estresse pós-traumático do personagem; em seguida, o plano detalhe no olho mágico, caracterizando a mudança de época; e nos momentos finais, quando Jesse se reencontra com Jane (Krysten Ritter) dentro do carro — note a sutileza com que o corte é feito em todas essas cenas.



    Até mesmo o que poderia facilmente ser um clichê, como a clássica cena de chuveiro empregada frequentemente nos filmes para mostrar o estado de esgotamento de um personagem, aqui ganha mais profundidade. Ao inserir uma pistola inclinada com um formato similar à curvatura de Pinkman, sendo que os dois elementos estão em lados opostos do quadro, o diretor não apenas equilibra a cena esteticamente como revela a arma como uma extensão do próprio corpo do personagem. O fato de ele balançar o objeto para retirar o excesso de água, na cena seguinte, como se fosse um simples acessório, só confirma seu estado emocional e a dificuldade em se dissociar do adereço. É também extremamente revelador que o protagonista esteja constantemente “cercado” pelas diversas linhas empregadas na direção de arte, e o fato de que há um quadrado em evidência sempre que Jesse se sente encurralado não é mera coincidência. O caráter prisional se faz presente em todos os momentos para lembrar não apenas de onde Jesse veio, mas para alertar quanto ao possível destino do personagem caso ele fracasse em seus planos.

    No que diz respeito à trama, Gilligan conduz uma espécie de coming-of-age (chegada à maturidade) de Jesse Pinkman. Na série, o personagem, embora tivesse um arco bem desenvolvido, muitas vezes servia como obstáculo para os planos mega elaborados de Walter White (Bryan Cranston), a mente brilhante por trás do império da metanfetamina. Pinkman era o jovem inconsequente e emotivo que colocava tudo a perder, levando o parceiro ao delírio quando as consequências se apresentavam — e o público também. Sem contar com o antigo professor de química e figura paterna para resolver seus problemas, Jesse é elevado ao status de protagonista e ao mesmo tempo obrigado a bolar saídas inteligentes por conta própria para permanecer vivo. É interessante observar como El Camino aborda sua transformação em um homem mais inteligente e muito menos ingênuo, mas sem necessariamente eliminar a essência bondosa do personagem. Nas cenas em que ele quase é enganado por dois homens, no apartamento de Todd (Jesse Plemons), e a abordagem inicialmente pacífica no galpão de soldagem para conseguir 1800 dólares são provas de seu caráter.




    Também proveitoso é o reencontro de Pinkman com o homem que, no final da série, daria a ele a chance de uma nova vida. Mesmo sem o tom cômico das primeiras temporadas, é incrivelmente divertido acompanhar o diálogo em que o jovem tenta descobrir se está certo sobre suas suspeitas, o que é comemorado com a empolgação que se tornou marca registrada do personagem — mesmo com a ausência do clássico “bitch”. Outro aspecto válido ressaltar é o fato de que Gilligan se mostra completamente desinteressado em uma contextualização mais aprofundada dos eventos que antecederam o início de El Camino. É, claramente, um filme feito para os fãs de seu trabalho anterior, e o diretor sinaliza essa intenção ao inserir breves referências a acontecimentos marcantes da série, como ao acionar o personagem responsável por se livrar do furgão de Jesse e Walter — vê-lo exclamar “ímãs!” é um deleite à parte.



    Como não poderia deixar de ser, o “reencontro” entre os dois personagens principais de Breaking Bad é o maior aceno ao saudosismo dos fãs. Em um flashback ambientado ainda no início da operação da dupla, White aconselha Pinkman a fazer faculdade quando eles terminarem o serviço. O diálogo se torna ainda mais impactante por sabermos o rumo que a relação dos dois tomou, e Gilligan insere a cena consciente disso, como uma espécie de reconciliação que nunca virá, tornando toda a experiência agridoce em sua essência. É interessante notar também como Jesse parece acessar os ensinamentos de White enquanto busca saídas para não ser pego. A maneira como ele se apropria da lógica de seu inimigo ("você não vai querer atirar") para escapar com o dinheiro depois de ser enganado exige uma frieza que ele talvez não tivesse se não fosse por tudo que passou com White.

    Digno do brilhantismo de Walter White e, especialmente, da humanidade de Jesse Pinkman, El Camino: A Breaking Bad Movie é um epílogo respeitoso, dedicado a celebrar um dos personagens mais queridos e aclamados da televisão na última década. Seu desfecho honra sua conturbada mas rica trajetória, e atesta novamente a qualidade ímpar de seu criador. Ousar expandir um universo intocável não é para muitos, mas Vince Gilligan sabe como contar uma história.


  • Review - Brightburn – Filho das Trevas


    Conceitos já pré-estabelecidos são ainda mais divertidos de se brincar. Hoje, em plena era dos heróis, é fácil imaginar, mas volte algumas décadas, quando o fã de quadrinhos sonhava em ver seu super-herói favorito nas telonas. Agora, imagine o mesmo super-herói usando seus poderes em nome do mal. Isso, com certeza, já passou pela cabeça de muitos.

    É essa a premissa de Brightburn – Filho das Trevas, e a própria distribuição do filme faz uso de uma possibilidade que não sai da mente dos fãs de histórias em quadrinhos: “E se o Superman fosse do mal?”.

    Na história, Tori e Kyle Breyer (Elizabeth Banks e David Denman, ambos de Power Rangers – O Filme) são um casal que não conseguem ter filhos, apesar das diversas tentativas. Um dia, uma nave alienígena cai no terreno de sua propriedade trazendo um bebê em seu interior. Eles decidem criar a criança como se fosse seu próprio filho mas, com a chegada da puberdade, Brandon (Jackson Dunn, que fez uma pequena ponta como o jovem Homem-Formiga em Vingadores: Ultimato) passa a utilizar seus poderes para o mal.

    Sem vergonha alguma em escancarar a referência a Superman, Brightburn é puro pastiche, mas sem zombaria. Todos os elementos que consagraram o Homem de Aço estão aqui: a nave que vem do espaço, os raios que saem dos olhos, a superforça, os efeitos nocivos quando em contato com o material de onde vem, a habilidade de voar e a ultravelocidade, enfim, Brightburn é, literalmente, o Superman do mal.
  • Review - Tito e os Pássaros


    Tito e os Pássaros é uma animação brasileira que se inspira no expressionismo para passar uma mensagem às crianças de que o medo pode ser combatido se nos mantivermos unidos.

    A produção de animação brasileira já havia demonstrado com O Menino e o Mundo (2013) que basta investimento para que obras como aquela e como este Tito e os Pássaros sejam feitas e ganhem destaque não só aqui, mas também internacionalmente. Se o longa de Alê Abreu conseguiu uma indicação ao Oscar na categoria e venceu o Annie Awards de animação independente, agora é a vez do longa de Gabriel Bitar, Gustavo Steinberg e André Catoto Dias corroborar a ótima fase da animação nacional. Aliás, o longa chegou a aparecer entre os pré-indicados ao Oscar 2019, mas acabou ficando fora dos cinco indicados.



    Tito (voz de Pedro Henrique) é um garoto de 10 anos que tem o pai (voz de Matheus Nachtergaele) como grande ídolo, um inventor que tenta criar uma máquina capaz de vencer o medo, retratado aqui como uma epidemia que se espalha rapidamente e faz com que as pessoas apresentem sintomas que, no pior estágio, as transforma em pedras. Porém, após um grave acidente com uma de suas invenções, o pai é expulso de casa pela mãe (voz de Denise Fraga) e Tito deverá se juntar a seus amigos da escola, pássaros e até inimigos para reconstruir a máquina do pai e salvar a humanidade.

    Com fortes inspirações no movimento expressionista, as cores – em tons de verde, amarelo, laranja e vermelho – se misturam quadro a quadro, como num caleidoscópio, incitando no público o medo dos personagens, em um trabalho aliado à potente trilha sonora de Gustavo Kurlat e Ruben Feffer, que funciona quase como uma marcha nos momentos de tensão. Os ângulos de câmera também ajudam a transportar o espectador para aquele cenário de medo e angústia, como em algumas sequências onde tomadas circulares se assemelham a sonhos ou voos de pássaros, como se mergulhássemos nos pensamentos de Tito.



     Por ser uma animação voltada às crianças, o ousado desenho de produção é que se destaca aos olhos dos adultos, ainda mais diante do roteiro simples que por vezes precisa ser explícito demais mas, ainda assim, encontra espaço para críticas pontuais sobre o sensacionalismo da TV, na figura do apresentador Alaor (voz de Mateus Solano). Numa época em que o medo parece tomar conta da sociedade a nível mundial, Tito e os Pássaros não poderia surgir em melhor hora. Aos olhos de uma criança o mundo ainda tem solução.


    SINOPSE: Tito é um menino tímido de 10 anos que vive com sua mãe. De repente, uma estranha epidemia começa a se espalhar, fazendo com que pessoas fiquem doentes quando se assustam. Tito rapidamente descobre que a cura está relacionada à pesquisa feita por seu pai ausente sobre o canto dos pássaros. Ele embarca numa jornada com seus amigos para salvar o mundo da epidemia. A busca de Tito pelo antídoto se torna uma jornada para encontrar seu pai ausente e sua própria identidade.
  • PANTERA NEGRA – REVIEW


    Há mais de 40 anos, em meados da década de 60, no auge do movimento dos direitos civis nos EUA,  Stan Lee e Jack Kirby criaram o Pantera Negra, o primeiro herói dos quadrinhos de clara descendência africana, que daria início a um forte movimento de representatividade da comunidade negra nas HQs, posteriormente acompanhado pela criação de heróis como Falcão, Tempestade e Luke Cage. Assim como a Marvel já vinha fazendo com X-Men, Pantera Negra sempre teve a função de tocar na ferida, falando de forma clara e direta sobre segregação, racismo e injustiça social da época.
    O desafio de trazer o Pantera Negra para os cinemas não era somente manter as críticas sociais na qual o personagem foi concebido, mas atualizá-las, porque mesmo que os negros agora não precisem ficar em pé nos ônibus, o racismo estrutural ainda existe. Representar esse forte tema, em um block burster de um dos maiores estúdios da atualidade definitivamente não foi uma tarefa fácil. 
    Uma das primeiras coisas que enche os olhos dos espectadores é a caracterização de Wakanda, de forma bem mais eficiente que a representação de Asgard, de “Thor”, ou Xandar, da Tropa Nova, em “Guardiões da Galáxia”. É uma mistura de sociedade tribal com tecnologia extremamente avançada, algo que desafia os melhores momentos de clássicos da ficção científica.

    Se você caiu aqui de paraquedas ou até mesmo foi ao cinema sem saber quem é o Pantera ou Wakanda, pode ficar tranquilo, porque logo no começo o filme toma um certo tempo para explicar da melhor forma possível o que é Wakanda, como ela foi criada, as cinco tribos que a compõem e principalmente a importância do Pantera para esse povo. O impacto já começa nesse momento, toda essa apresentação é bastante contemplativa, preocupando-se em demonstrar que mesmo sendo uma civilização extremamente avançada tecnologicamente, o seu isolacionismo permitiu que ela conservasse culturas e tradições dos povos africanos antes da sua colonização pelos europeus.
    No meio disso tudo está o Rei T’Challa, um jovem criado para ser o governante de Wakanda, mas agora que está no trono encara difíceis questionamentos, que vão de encontro com a tradição do seu povo. O principal deles é a política de Wakanda de se manter escondida, sem interferir nos problemas globais, com a justificativa de proteger o seu povo e o vibranium que é encontrado em abundância na sua região.
    Nesse momento somos apresentados ao principal antagonista da história, Killmonger. Logo de cara já é possível falar que de longe ele é um dos melhores vilões já feitos no MCU, parte desse mérito vem pela excelente atuação de Michael B. Jordan, entregando uma interpretação do mesmo nível que fez em “Creed: Nascido para Lutar”, mas isso só é possível porque o roteiro em momento algum apressa a sua construção. Basicamente é tomado o mesmo tempo para a construção do herói e do vilão, esse cuidado é essencial para demonstrar que ambos têm o mesmo intuito e amor por Wakanda, mas enquanto o Pantera busca soluções mais diplomáticas, Killmonger é um fruto do ódio onde foi criado e busca vingança por aqueles que historicamente escravizaram e colonizaram o seu povo.
    Mesmo não sendo necessariamente um filme político, ele é todo norteado por questões políticas das mais variadas formas, no entanto, em momento algum ele toma partido ou cria uma definição de certo e errado, pelo contrário, as questões são deixadas tão em aberto que em alguns momentos você até chega a concordar em parte com Killmonger. Essa atitude é tomada justamente para fazer o público refletir sobre as injustiças sofridas pela comunidade negra e como esse comportamento ainda permanece das mais variadas formas na sociedade atual.
    Mas ainda estamos falando de um filme de super-herói, certo? Sim! Então, esses temas pesados são encaixados na velha conhecida fórmula da Marvel, que ganha um tempero novo graças a personagens únicos que esbanjam carisma e nos conquistam nos primeiros minutos de projeção. Shuri, a irmã caçula de T’Challa é extremamente divertida e as suas interações com o seu irmão servem para dar um ar mais leve na história. Já Okoye, o interesse amoroso do rei, também traz importantes reflexões em momentos chave. Já Okoye, a líder das Dora Milaje, mostra a força e a lealdade dos guerreiros de Wakanda. Entorno dessas três que giram as principais cenas de ação do filme.
    Já que entramos no tema, a ação do filme é dividida em extremos, quando o diretor Ryan Coogler precisa usar muitos efeitos visuais ele realmente deixa a deseja, com cenas claramente falsas e pouco criativas. Agora, quando o assunto é efeitos práticos principalmente em locais fechados, Coogler dá um verdadeiro show. Sem entrar em muitos spoilers a cena do cassino é simplesmente fantástica, com uma câmera bem mais movimenta e até arriscando uns planos sequência, esse é o momento em que a ação do Pantera brilha.
    Outros dois personagens que valem ser citados aqui são Ulysses Klaw também conhecido como Garra Sônica e o agente Everett K. Ross, protagonizados respectivamente por Andy Serkis e Martin Freeman. A dupla serve como o principal alívio cômico da história, pelo lado de Ulysses a sua insanidade em momentos tensos provoca boas gargalhadas, já Ross é o estranho no ninho embasbacado com toda tecnologia presente em Wakanda.
    Talvez se você for extremamente purista do cinema poderá encontrar uma falha ou outra no roteiro principalmente no momento de virada para o terceiro ato, que acontece muito em cima e acaba passando a impressão de um ato final mais exprimido, mas nada que atrapalhe significativamente a experiência do filme.
    Assim como Wakanda une tradição e tecnologia, Pantera Negra consegue ser um excelente entretenimento que também levanta questões políticas extremamente atuais, trazendo poderosas mensagens sobre representatividade e segregação histórica. Mais do que um filme necessário, Pantera é um herói necessário para uma geração de jovens e adultos que lutará para não cometer os mesmos erros dos seus antepassados.
  • Godzilla: Planet of the Monsters /(Godzilla: Planeta de monstros) Reviews


    Netflix lançou em grande  estilo a primeira parte da trilogia Godzilla: Planet of the Monsters (ou Gojira: Kaiju Wakusei /Godzilla: Planeta de monstros) nesta quarta (17) para todos os assinantes do canal de streaming em mais de 190 países. Foram exatamente dois meses de espera desde o lançamento nos cinemas japoneses em 17 de novembro do ano passado. Esta é mais uma produção do estúdio Toho em parceria com a produtora Polygon Pictures. A mesma de animês com o selo de exclusividade Netflix como Knights of Sidonia, Ajin: Demi-Human e Blame!.


    um kaiju que protege a humanidade, esta história mostra um Godzilla muito mais devastador e impetuoso do que nunca. Ou melhor, se tornou dono da Terra através da maior catástrofe já causada na veterana franquia. O primeiro ataque começou no final do século XX. O que obrigou os humanos a abandonarem a Terra. Vinte mil anos depois a humanidade retorna ao planeta sob o comando do capitão Haruo Sasaki, que está disposto a retomar a Terra do Rei dos Monstros. O salto no tempo se deve à uma viagem interdimensional. Uma saída que ajudou a abreviar a jornada depois da fracassada busca por um lugar habitável como a antiga Terra. Sasaki tem contas a acertar com Godzilla. É que seus pais foram vítimas do monstro quando tinha apenas quatro anos de idade.

    A primeira parte serve de introdução. Sendo a primeira metade deste episódio carregada de muito diálogo e pouca dinâmica. Nenhum problema, já que faz parte de narrativa bem formulada que explora o histórico da destruição ao mesmo tempo em que os humanos procuram um meio de destruir Godzilla. O ritmo é compensado com muita ação na segunda metade.



    Ao invés de Gen Urobuchi (de Kamen Rider Gaim e Madoka Magica) está a cargo da ideia original e do roteiro deste novo Godzilla. A produção conta com dois nomes da direção: o primeiro é Hiroyuki Seshita (de Ajin e Knights of Sidonia) e Kobun Shizuno (de Detetive Conan e Hokuto no Ken). Para interpretar Haruo Sasaki, o elenco conta com o excelente Mamoru Miyano (a inconfundível voz de Ultraman Zero).

    O segundo episódio desta saga está marcada para maio deste ano no Japão e deve seguir o padrão de distribuição com poucos meses de atraso via Netflix. Está garantida uma versão do Mechagodzilla na sequencia.

    Godzilla: Planet of the Monsters prepara o terreno para a volta do Rei dos Monstros nas telonas em 2019 e 2020. Duas sequencias da franquia MonsterVerse, da Legendary Pictures, onde Godzilla e King Kong irão se encontrar. Até lá a Toho não irá produzir nenhum filme tokusatsu do kaiju. É hora de aproveitarmos este novo e apocalíptico universo que nos apresenta um Godzilla visualmente parecido com aquele que conhecemos em 2014.

    E se você é daqueles que dispensa créditos finais, há uma cena extra logo em seguida. Não perca.


  • Review especial Feliz Dia das Mães! : Ookami Kodomo no Ame to Yuki


    Mãe, todo o dia é o seu dia! Se eu pudesse, eu te daria um caminhão de flores de todas as cores, o céu inteiro e o mar... Pois eu amo te amar. Feliz Dia das Mães!
    Nada  define  tanto  um amor  de  uma  mãe   por  seus   pequenos do  que  esse  encantador  anime.

    Oka
    Ookami Kodomo no Ame to Yuki ou (Wolf Children Ame and Yuki) que significa basicamente Ame e Yuki, As crianças Lobo. Foi um filme do Studio Chizu em parceria com o queridinho Madhouse, o filme estreou em 2012. No roteiro tivemos Mamoru Hosoda bastante conhecido por seu trabalho em Summer Wars Toki o Kakeru Shōjo.
    Yuki
    A história cobre 13 anos e começa com Hana, uma estudante de faculdade de 19 anos, que se encontra e se apaixona, por um homem da mesma faculdade que ela, que depois revela que é um “homem-lobo”, e mesmo assim ela continua com ele. Depois de se casar com ele, Hana dá a luz e cria duas crianças lobo — A mais velha, Yuki (neve), nasceu em um dia em que nevava, e Ame (chuva), o mais novo, nasceu em um dia chuvoso. Os quatro viviam tranquilamente em um canto da cidade, para esconder a existência de “crianças lobo”, mas seu marido homem-lobo morre de repente e Hana decide se mudar para uma cidade rural, distante da modernidade, para criar seus filhos com mais tranquilidade.
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    O filme trata de uma estória fictícia as não se engane com isso, ela é narrada por Yuki a irmã mais velha, então tem todo um aconchego familiar aproximando os seus próprios sentimentos do telespectador juntamente com fatos corriqueiros do nosso cotidiano com quais conseguimos nos identificar  apesar de se tratar de crianças-lobos, o foco central do filme não é esse, como o próprio Mamoru Hosoda deixa claro em entrevistas. O enfoque maior do filme não é sobre algo sobrenatural ou como surgiu as tais pessoas homem-lobos, deixando claro que não são “lobisomens” já que todos se transformam em lobos quando bem entendem, não comem humanos e não se transformam somente em lua cheia. Realmente o filme é focado na vida de Hana e as dificuldades em criar duas crianças sozinha, veremos algo como a vida de uma mãe solteira.

                                 
    Mas é notório que além das costumeiras dificuldades que uma mãe solteira apresenta existem as dificuldades do fato das crianças não serem “normais”. O nascimento das crianças assim como eventuais problemas de saúde, por exemplo, se tornam extremamente complicados. Ir a um pediatra ou a um veterinário? Esse é um dos vários questionamentos que Hana tem ao longo da série que no início podem parecer banais, mas que são de vital importância para que ela tome conta dos filhos, fazendo até com que o governo bata na porta de sua casa cobrando explicações sobre a falta de vacinação das crianças.
    pups_zpsfb42aed6Tudo isso faz com que Hana por fim largasse a vida nas cidades e se mudasse para o ponto mais longínquo que pudesse encontrar, esperando que seus filhos pudessem ter uma vida mais sossegada, sem mentiras. Mas ninguém consegue se isolar da sociedade facilmente, e nem ela escapou disso. Foram precisos muitos erros para ela perceber que um pouco de ajuda dos vizinhos não fariam mal a ninguém. É a partir daí que a vida dela começa a melhorar.
    Porém, entretanto, todavia, a estória não se fixa apenas no drama da mãe solteira. As crianças-lobo também tem seus momentos de destaque na história (elas que dão nome ao filme, afinal). Durante o início de suas vidas, as crianças tem uma vida mista (ora humanos ora lobos), mas ao longo dos anos elas tem que escolher qual caminho levar.
    A mais velha, Yuki, que inicialmente gostava de viver como uma loba decide querer estudar numa escola, como uma criança normal. Enquanto o garoto, Ame, que não gostava de se transformar em lobo por medo muda completamente de opinião. Ocorre uma reviravolta com os irmãos, fazendo-os tomar rumos diferentes.
    N2
    Comentários gerais: Particularmente achei o filme bem colorido e bastante detalhado, o que o torna agradável aos olhos e com detalhes de mínimos como plantas se mexendo conforme o vento. Em resumo uma obra  de  arte.






  • Reviews - HULK - Onde os monstros dormem




    Uma  animação meio  desconhecida  aqui  no  Brasil. Um grande  encontro entre Doutor Estranho e o  gigante  esmerada  Hulk.

    Hulk: Where Monsters Dwell ou  Hulk : Onde os monstros dormem se passa em uma noite de Halloween, quando as barreiras dimensionais do mundo estão fragilizadas, por ser considerada a noite mais obscura do ano. O filme já começa com cenas de ação, onde o Doutor Estranho luta para conjurar alguns monstros que estão sendo enviados ao seu mundo, rompendo a barreira dos pesadelos. Inclusive o grande vilão da animação é o Pesadelo, já conhecido em histórias do Doutor Estranho, sendo um de seus principais antagonistas nos quadrinhos.



    O filme conta com a participação do Hulk que juntamente com o Doutor Estranho, outros personagens do universo paranormal da editora são convocados para o time de heróis, entre eles: o Agente da SHIELD e zumbi Jasper Sitwell’s, Homem-Coisa, Nina Price (Vampire by Night), Lobisomem, Minotauro e ainda Hulk Buster.
    A relação criada entre a equipe formada por Jasper Sitwell’s, Homem-Coisa, Nina Price (Vampire by Night), Lobisomem e Minotauro criam um ponto forte a parte na construção da trama da animação. São personagens pouco explorados pela Marvel, mas que souberam ser bem aproveitados durante suas aparições.



    O roteiro da animação é simples, mas com uma mensagem certeira, é basicamente uma aventura de heróis da Marvel contra um vilão em uma noite de Halloween. Se você ainda não assistiu não vá esperando uma super trama com ligações com outras produções do estúdio que não acontecerá. É uma história que serve de forma isolada para contar uma história. É interessante como a Marvel Animation soube utilizar os personagens fazendo com que cada de sua maneira contribuísse para o resultado final. Há definitivamente um bom trabalho em equipe, tanto no filme quanto por parte da equipe técnica.

     

    A relação de Bruce Banner e Hulk fragilizada também serve como uma sub-trama e os personagens são bem próximos do que estávamos acostumados na série Hulk and the Agents of S.M.A.S.H. que é uma das melhores versões do Hulk em uma animação. Esse filme se encaixa muito mais no que foi construído pelas duas temporadas da série que são espetaculares, mesmo não sendo consumida exatamente por seu público alvo. Pesadelo é um vilão a altura da animação. Seu nome já entrega bem o que ele é capaz de fazer e todo seu design na animação parece conter uma forte inspiração na Banda Kiss, propositalmente ou não, o resultado ficou de bom grado.



    A Marvel Animation precisa apostar mais em filmes animados com histórias independente de estar ligado ao Universo Cinematográfico construído pela Marvel Studios. Hulk: Where Monsters Dwell entrega uma boa história sem grandes pretensões de levantar teorias de fãs. Ele apresenta uma história consistente e que vale a pena ver durante 1h15min.



    Direção: Mitch Schauer
    Roteiros: Marty Isenberg e Dave McDermott
    Dubladores: Fred Tatasciore (Hulk), Jesse Burch (Bruce Banner), Liam O’Brien (Doutor Estranho), Matthew Waterson (Pesadelo), Edward Bosco (Minotauro), Michael Robles (Benito), Mike Vaughn (Jasper Sitwell’s) e Chiara Zanni (Nina Price).
    Estúdio: Marvel Animation
    Distribuição: Walt Disney Studios Home Entertainment
  • Reviews - A vigilante do amanhã: Ghost in The Shell


     "Nós nos apegamos às memórias como se elas nos definissem. Mas eles realmente não. "

    A premissa de Ghost in the Shell envolve a ideia de que as memórias não nos definem; Nossas ações. Quando vivemos em um mundo onde a humanidade e as máquinas estão entrelaçadas, nos obriga a criar uma nova versão de nós mesmos, a ponto de podermos transferir nosso cérebro e nossa consciência para um corpo mecânico. Em tempos de relatividade da memória (perda ou alterações), quem somos nós, realmente? O que realmente faz você, você?

    Ghost in the Shell ou (Fantasma do Futuro em sua tradução) teve sua adaptação para os cinemas do mangá homônimo criado por Masamune Shirow um  dos  grandes  mestres  japoneses dessa  arte.  Transformada em um longa  animado ,dirigido por Mamoru Oshii, a adaptação acabou se tornando um dos maiores ícones da ficção científica no cinema, sendo influência direta nas obras de diversos cineastas posteriormente, além de ser uma das principais obras responsáveis pela popularização das animações japonesas no Ocidente.


    Em 2029 temos um mundo em que a tecnologia atingiu níveis neurais. A capacidade de processamento de dados a nível cerebral se tornou algo banal e a tecnologia já se tornou algo inerente na vida de todas as pessoas. A Seção 9 é um departamento especial de polícia, liderado pela Major Kusanagi Motoko, cuja especialidade é combater cyber-terrorismo e crimes relacionados. A trama se desenvolve quando Kusanagi e sua equipe investigam um criminoso conhecido como “Puppet Master”, que começa a roubar informações secretas do governo hackeando o “ghost” de suas vítimas.



    A narrativa do filme se desenvolve através da busca existencialista em que a protagonista se aprofunda. Em uma sociedade em que a tecnologia faz parte inerente da vida das pessoas, a única coisa que diferenciaria um humano de um robô seria a presença de um “ghost” (uma alma). Temos um distanciamento e intangibilidade da alma humana. O corpo é apenas uma casca para essa subjetiva alma e esse único fator seria definidor da humanidade e individualidade de alguém.

     

     Logo no início somos apresentados à Major Kusanagi, uma mulher com corpo inteiramente mecânico, porém com cérebro orgânico. Em sua primeira cena, Kusanagi entra em combate totalmente despida de suas roupas, apenas trajando uma capa de invisibilidade militar. Já aí podemos observar que o corpo cibernético transcenderia o que é humano e a sexualidade. O Paradoxo de Teseus, que foi discutido por filósofos como Heráclito, Sócrates, Platão, Thomas Hobbes e John Locke, diz: “Será que um objeto que teve todos os seus componentes trocados permaneceria sendo o mesmo objeto?”. Essa é a pergunta que a Major se faz ao longo do filme.


     A discussão continua com a presença do Puppet Master, que era apenas uma inteligência artificial criada pelo governo para fazer “trabalhos sujos”, mas que atingiu o auto esclarecimento. Não aceitando o fato de que seria desligado, ele se rebela e foge.  Seria o androide com tal racionalidade isento de humanidade? Quando se encontra com Kusanagi, diz: “A vida se perpetua através da diversidade e isso inclui a habilidade de se sacrificar quando necessário”.  A junção das duas personalidades – robótica do Puppet Master e humana de Kusanagi – poderia formar um ser completamente novo, mais grandioso e evoluído. Algo maior de fato é criado, mas Oshii nos deixa em dúvida do que seria essa entidade.



     A arte de Ghost in the Shell é  muitíssimo bem trabalhada, passando ao espectador a atmosfera opressora e sombria de um futuro dominado pela tecnologia através dos tons azulados e cinzentos acentuados. A animação é suave e natural, mas ao mesmo tempo detalhada, e se mescla sutilmente com a trilha sonora. Mais  agora tudo  ganhou  nova dimensão  com a  adaptação para  o  cinema.



    Protagonizado por Scarlett Johansson, o live action usa e abusa de um excepcional 3D, numa direção de arte futurista impressionante e efeitos visuais espetaculares. Scarlett interpreta Major, que após ser salva de um acidente, é transformada em uma policial metade humana e metade máquina, considerada a ciborgue perfeita. A premissa é basicamente a protagonista se enveredando pelo mundo dos crimes cibernéticos onde vida real e lembranças (verdadeiras ou falsas?) se fundem, ditando o ritmo da estória.


    Ghost in the Shell é uma obra grandiosa e complexa, que levanta questões e deixa o ar de dúvida como uma verdadeira obra de ficção científica o faz.



    O diretor Rupert Sanders, cujo maior sucesso foi Branca de Neve e o Caçador, conduz a trama sem grandes ousadias, afinal é um filme de origem e a ideia é diluir o anime em uma série de filmes a serem lançados futuramente. Os fãs irão reconhecer vários momentos icônicos feitos no capricho para agradá-los. Já quem desconhece a existência tanto do anime quanto da série de 26 episódios, verá ecos de Blade Runner, O Vingador do Futuro, O Quinto Elemento e, é claro, Matrix.



    Se o visual e a parte técnica são arrebatadores, o mesmo não se pode dizer dos diálogos, pouco rebuscados. Scarlett tem uma atuação apática, sem brilho, o que confere com o conceito da obra, onde máquinas são consideradas um estágio elevado do ser humano.


     Com participação especial da grande Juliette Binoche, Ghost in the Shell merece ser visto com atenção redobrada, pois o deslumbre com a profundidade do 3D e as incríveis cenas de ação, podem tirar um pouco da atenção nos detalhes que explicam em parte do que realmente se trata o filme.



  • Review - Guardiões da Galáxia 2


    Salve. salve  galera  do AnimemomentsBrasil antes de mais nada, vamos passar a sinopse. Os Guardiões da Galáxia, agora um grupo estabelecido, são contratados pelos Soberanos, uma raça de pessoas douradas, para proteger suas baterias energéticas de um monstro dimensional. Os Guardiões realizam o trabalho, e são pagos com a custódia da Nebulosa, vilã do filme anterior, que será levada para Xandar para ser presa. Só que Rocky rouba as baterias, os Soberanos vão atrás dos Guardiões e tem tudo para matá-los, até que os ladrões são salvos pelo personagem de Kurt Russell, que se apresenta como o pai do Senhor das Estrelas. Enquanto isso, os Soberanos contratam o grupo de Yondu para finalmente cuidar dos Guardiões.

                                 


    A primeira coisa que se percebe em Guardiões da Galáxia 2 é a interação entre os personagens. Passadas todas as apresentações e estabelecimento de suas personas no filme anterior, agora o foco está em como eles agem entre si. E esse é um ponto que a seqüência aproveita como se mergulhasse em uma piscina que passou o filme anterior enchendo. Movidos por piadas e zombarias, nossos heróis parecem mesmo que estão junto há muito tempo, mesmo que isso estabeleça relações que não existiam no filme anterior.

    Essas relações são as sementes do desenvolvimento dos personagens durante o filme, onde cada um tem um arco de desenvolvimento (bem, exceto o Drax), muitas vezes em conjunto com outros. Gamora deve estabelecer uma ligação com sua irmã, Rocky vê em Yondu um reflexo de si mesmo, alguém que afasta os outros, e o Groot... bem.... vó deixa  a  surpresa.



    E são essas relações que fazem a obra funcionar. Não há muita história em Guardiões 2, chegando a fazer o filme parecer perdido no meio, deixando os personagens carregarem ele. Há chance para todos brilharem (o que acaba deixando o próprio Senhor das Estrelas de lado por grande parte do filme), até mesmo a recém-chegada Mantis, única heroína introduzida na sequência.


    Tudo isso acaba no intermeio de duas coisas: piadas e estilo visual. Sobre a primeira, Guardiões 2 assume que é um filme de comédia e galhofa e poucas vezes sai disso, jogando piadas em cada oportunidade que pode e quase todas acertando. A maior parte das ineficazes ficam no início do filme, onde ainda estamos nos acostumado com as relações dos personagens, mas elas logo tomam rumo.


    Guardiões 2 é um dos filmes mais bonitos e bem trabalhado que já vi no cinema. De mais, Guardiões da Galáxia 2 é isso. Não se propõe a ser mais do que uma comédia de super-heróis, e que ainda sabe lidar com seus personagens e colocá-los em situações que os façam brilhar. Fora umas turbulências no início, uma dificuldade em engrenar a ação, não há muitas críticas a serem feitas. É uma obra que trabalha em cima dos seus pontos fortes já estabelecidos antes, e que sabe fazer isso muito bem.
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