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  • Crítica: “Living Large (Vivendo Grande) ” explora os efeitos da gordofobia na adolescência (Annecy 2024)


    Living Large, filme stop motion da diretora Kristina Dufková, conta a história de Ben (voz de Tyler Gray), um adolescente de 12 anos que adora estar com os amigos, se dedicar à banda, cozinhar pratos deliciosos (que é É muito bom para ele) e coma. Um dia, a enfermeira da escola o diagnostica como tendo obesidade grau II. Isso não só leva a provocações por parte dos colegas, mas também a micro agressões por parte de professores e pais. Ansioso por mudar (e talvez fazer com que a garota dos seus sonhos goste dele), Ben faz dieta, mas isso não parece deixá-lo muito feliz.


    A gordofobia é um tema muito delicado e importante de sinalizar, sobre tudo em crianças e adolescentes, quem chega a sofrer perto da escola ou até mesmo em casa devido a este tema, como o caso recente de uma criança de 6 anos que morreu devido a seu pai o força a exercitar-se por “estar muito gordo”. Nos filmes e séries (às vezes até de forma inconsciente) o peso é tratado como algo digno de ridicularizar, se converte em motivo de burla ou asco, como em Wonka ou The Whale. Living Large realmente sinaliza essas atitudes agressivas por parte da sociedade e do círculo cerca o jovem no decorrer do tema..


    Tanto a enfermeira como o professor de educação física abordam a situação de uma perspectiva de advertir a criança, recompensá-la e culpá-la pela falta de atividade física. Por outro lado, seus pais, em sua preocupação, eles recriminam qualquer coisa que você venha e em vez de perguntar como se sente, se concentram em dizer que será “muito mais saudável” uma vez que você, qual, resumido ao mesmo tempo escolar por seu peso, não há mais que afetar mais e mais ao jovem.


    O filme utiliza cenas animadas em 2D que nos envolvem nos pensamentos do protagonista, tanto seus medos quanto suas fantasias, para entender como se vê afetado por esta situação. Também há sequências em que a comida é mostrada muito angustiante para expressar o amor do garoto pela comida, sem atanazá-lo ou retratá-lo como algo horrível, as quais contrastam com outras partes mais obscuras onde ocorrem ansiedade ou sentimentos negativos.


    Quanto ao estilo de animação, o diretor utiliza principalmente o stop motion com marionetes, técnica tradicional do cinema checo (país de onde é o filme). Com sequências variadas que vão desde a vida em casa até os jovens brincando na varanda ou literalmente pelas nuvens, com elementos como neve, animais e burbujas, há um bom olho nos detalhes de cada elemento, assim como um trabalho de fotografia cuidadoso para aproveitar o trabalho dos animadores. O equipamento se concentrou em cuidar muito da expressividade das marionetes: o design dos personagens é divertido e muito criativo, todos têm traços distintivos para torná-los memoráveis ​​à vista.


    O ritmo é leve, leve a sério o tema, sem cair na solenidade e fazendo-o semelhante para audiências jovens que poderiam estar passando pelo mesmo: há humor, um toque de romance, canções divertidas para nos mostrar a paixão musical de Ben e até mesmo um divertido monitor. O final é um pouco abrupto em sua resolução, mas dá uma mensagem importante para pais e adolescentes.



    Living Large trata de um tema importante com empatia, animação engenhosa e personagens com as quais é fácil de carregar. Sua mensagem a pessoas passando por esta situação é tratada com tatuagem sem nunca ser didática e deixar o foco na jornada de seu protagonista. Kristina Dufková nos trás um trabalho entretido e relevante para crianças e adultos por igual, quem quiser ver, esperemos, podemos aprender várias coisas sobre como abordar este tema sem chegar a outros.


    “Living Large” estreia mundial na seção Longas-metragens Contrechamp do festival de Annecy 2024.

  • Mars Express - Questiona nossa relação com a inteligência artificial (Animation First 2024)


    Cyberpunk é um subgênero da ficção científica em que a computação, os mundos digitais e a inteligência artificial interagem diariamente com os seres humanos, mas, inevitavelmente, sempre geram uma mudança nos paradigmas sociais e culturais através de questões ontológicas sobre a nossa relação com as máquinas. O diretor e animador Jérémie Périn acrescenta sua própria opinião a este vasto subgênero com Mars Express, um thriller de ação frenético que questiona nossa relação com a tecnologia.


    Jun Chow (Geneviève Doang), uma estudante universitária acusada de hackear e desbloquear o livre arbítrio em um robô, desapareceu de seu dormitório na cidade mais importante de Marte. Para encontrá-la e descobrir a verdade, um rico empresário (Mathiu Amalric) contrata Aline Ruby (Léa Drucker) e seu parceiro, o andróide Carlos Rivera (Daniel Njo Lobé), porém, ao se aprofundarem no caso, os detetives descobrem uma conspiração. que poderia mudar para sempre o futuro da humanidade.


    O roteiro, também escrito por Jérémie Périn, mistura com maestria elementos do film noir e da ficção científica para construir um thriller dinâmico e imprevisível, com muitas reviravoltas e um mundo em constante expansão. O diretor constrói o mundo organicamente através de pequenos detalhes, diálogos sutis ou design de personagens. Desta forma, nunca sobrecarrega o espectador: dá-nos informações complexas ao mesmo tempo que avança a história, desenvolve as suas personagens e transmite dados históricos sobre este possível futuro.


    É interessante que todos os personagens possuem defeitos muito marcantes e até mesmo os personagens robôs ou andróides possuem algumas características humanas. Carlos Rivera, por exemplo, é um andróide criado a partir das memórias de um ser humano falecido cujo principal conflito é encontrar uma forma de se aproximar de sua ex-mulher, que se ressente dele por ser um homem violento e abusivo. Isto traz consigo vários dilemas: o andróide é igual ao humano? Quem é real? Os sentimentos de Carlos Rivera são reais ou estão condicionados pelas memórias do humano que ele era? O filme não as responde completamente, mas levanta as questões nas nossas mentes e através do desenvolvimento da investigação introduz-nos mais questões e convida-nos a tirar as nossas próprias conclusões.



    Visualmente, Mars Express baseia-se em duas fontes principais: as ilustrações do cartunista francês Moebius e o cenário de câmera de Paprika de Satoshi Kon. A influência do artista de El Incal é notável no design dos personagens e nos avanços tecnológicos presentes no filme (especialmente nos seres tecno-orgânicos vendidos pela empresa Roy Jacker), porém no design das cidades marcianas podemos ver certas reminiscências das ilustrações das revistas pulp da década de 1950. A obra de Satoshi Kon, por outro lado, é homenageada através das diversas sequências POV do filme, que se tornam uma perspectiva aterrorizante quando entendemos que se trata da visão das inúmeras câmeras de vigilância. na cidade.


    Com a Mars Express, Jérémie Périn criou uma obra-prima de ficção científica que utiliza animação para contar uma história sobre a revolução cibernética que visa a evolução das relações entre humanos e máquinas. A proposta do realizador baseia-se no que já foi visto noutros filmes do género, pegando nos elementos mais representativos de cada um deles, tanto a nível estético como narrativo, e tornando-os seus para nos dar um puzzle cheio de mistérios, violência e questões filosóficas. 


    “Mars Express” terá sua estreia nos EUA no 2024 Animation First Festival.

  • YU YU HAKUSHO - LIVE ACTION DA NETFLIX (CRITICA)



    PURA NOSTAGIA EM UMA RELEITRURA DO CLASSICO ANIME DOS ANOS 80!

     Sensacional! A Netflix acertou mais uma vez, e parece que finalmente entendeu como se fazer um bom live action que irá agradar aos fãs, e fidelidade é com certeza a palavra chave.

    A adaptação live-action combina perfeitamente efeitos visuais cativantes com histórias carregadas de emoção. O trabalho de efeitos visuais é impressionante, dando vida aos elementos sobrenaturais de uma forma que complementa a narrativa sem ofuscá-la.
    A série introduz uma nova perspectiva para quem não está familiarizado com o anime original, tornando-o acessível a todos, um público mais amplo. A narrativa é envolvente, tecendo uma tapeçaria de emoções que ressoa tanto com fãs experientes quanto com novatos. Os personagens são bem retratados e as atuações do elenco contribuem para o charme geral da série. Amei, recomendo!
  • Corto Maltese: La cour secrète des Arcanes

    Acho que o diretor e os animadores fizeram um excelente trabalho. Sou um grande fã da arte de Pratt e, para ser honesto, não esperava muito do filme. O quadrinho tem uma atmosfera reconhecível, que eu sinceramente duvidava que pudesse ser movida com sucesso para a tela.

    Mas, felizmente - eu estava errado. Fiquei encantado com o resultado final. A atmosfera estava lá, do jeito que deveria ser - eu realmente tive vontade de ler a história em quadrinhos. As cenas são longas e lentas, o diretor não corre para lugar nenhum, leva tempo para mostrar cada expressão facial, para dar peso a cada palavra dita. Assim como a história em quadrinhos.

    Mas cuidado - se você não está familiarizado com o trabalho de Pratt, ou se realmente não o ama - duvido que goste desta peça. Além disso, este é um filme europeu, não americano. É muito, muito atípico, e temo que a maioria do público americano possa achar isso confuso, provavelmente até chato.

    Além disso, para desfrutar da arte de Pratt, você tem que saber muito - você tem que se interessar por história, geografia, lendas, cultura de várias nações, misticismo, diferentes religiões e crenças ... E o mesmo vale para este filme . Então - não, definitivamente este não é um filme qualquer de animação. E uma obra prima.

    Resumindo - se você conhece e gosta do trabalho de Pratt, provavelmente vai gostar do filme. Caso contrário - você provavelmente ira  gosta assim mesmo. (Risos)




    Enredo

    No final de 1918, enquanto a guerra civil grassava na Rússia, o antagonismo estava se espalhando lentamente para o leste, entre as montanhas Oural e Xangai. Presos entre o desejo de salvar o que restou da grande Rússia Imperial e, começando do zero, velhos generais, organizações secretas e mercenários atraídos pelo ouro lutam para aproveitar os eventos. Quando Corto Maltese retorna a Xangai, ele mal consegue tempo para se cruzar com seu velho amigo / nêmesis Raspoutine e escapar de uma tentativa de assassinato antes de ser contatado por membros de uma organização secreta chinesa chamada "The Red Lanterns". No coração de violentos horizontes Mandchourianos, Corto e Raspoutine se lançam em uma fabulosa caça ao tesouro, seguindo os trilhos do misterioso trem blindado de Koltchak. Um monstro de aço cravado com canhões e metralhadoras,este trem protege o ouro contra-revolucionários, viajando pela Mongólia, e! Mandchouria. Enquanto seguia a trilha sangrenta deste trem condenado.



    Corto Maltese é um popular personagem europeu de quadrinhos, o herói de uma série de quadrinhos homônima criada pelo falecido artista italiano Hugo Pratt (1927-1995). A maioria das histórias se passa perto, durante ou logo após a Primeira Guerra Mundial e segue Corto, um lacônico capitão do mar e aventureiro que costuma viajar para lugares exóticos ao redor do mundo, mas raramente consegue algo com isso. A brutalidade do mundo e esta era caótica são freqüentemente retratadas nessas histórias. Sociedades secretas, senhores da guerra loucos e outros jogadores de bastidores são encontrados por Corto com mais frequência do que ele gostaria. Este filme é baseado em uma dessas histórias.

    Embora as empresas de animação sul-coreanas sejam geralmente contratadas por empresas americanas e europeias para animar vários filmes e séries de faroeste para elas, este filme tem a honra única, embora duvidosa, de ser animado por animadores da Coreia do Norte.

     

  • Velozes e Furiosos: Espiões do Asfalto – 1ª Temporada

     Velozes e Furiosos: Espiões do Asfalto 

    Velozes & Furiosos a série animada da Netflix em parceria com a DreamWorks Animation Television ganhou sua primeira temporada o título oficial. Fast & Furious: Spy Racers (Velozes & Furiosos: Pilotos Espiões, em tradução livre) traz uma empolgante, porém curta primeira temporada.

    A produção expande a trama da franquia e acompanha o adolescente Tony Toretto — primo de Dom (papel de Vin Diesel nas telonas) —, que é recrutado por uma agência governamental para se infiltrar em uma liga de elite que serve de fachada para uma organização criminosa nefasta no domínio do mundo.



    De cara, já e possível percebermos vários elementos do universo de Velozes e Furiosos, como as discussões típicas entre corredores e as várias falas sobre família que Dom adora ressaltar nos filmes. 


     A trilha sonora, no entanto, segue exatamente a mesma fórmula de sempre da franquia, com faixas de hip-hop, rap e pop surgindo com força em várias sequências. E com ação de sobra em cada episódio, repleta de carros fazendo manobras impossíveis e explosões frenéticas a cada curva, a série com certeza consegue chamar a atenção de um público mais novo que gosta de seus desenhos com bastante ação em ritmo acelerado.

    Em suma a  série fica  na media. Não e boa,  porém  não e ruim também, caso  não  tenha nada  fazer vale a penas perder umas horinhas para  ver os  episódios.


  • El Camino: A Breaking Bad Film / Reviews


    El Camino: A Breaking Bad Movie promove um reencontro dos fãs com o personagem Jesse Pinkman, interpretado pelo vencedor do Emmy Aaron Paul. Em fuga, Jesse precisa acertar suas contas com o passado, se quiser construir algum tipo de futuro. Cheio de suspense, a produção Netflix tem roteiro e direção de Vince Gilligan, o criador de Breaking Bad. O filme é produzido por Mark Johnson, Melissa Bernstein, Charles Newirth, Diane Mercer e Aaron Paul, em associação com a Sony Pictures Television.


    El Camino, batizado a partir do carro que acompanha o desenrolar do destino de Jesse Pinkman (Aaron Paul), exibe algumas características já conhecidas de Gilligan, principalmente no que diz respeito à linguagem. Para uma história relativamente simples, o diretor e roteirista adota aquilo que se tornou sua marca registrada: a bem-vinda complexidade na hora de pensar seus planos e quadros. Isso pode ser identificado já na cena inicial, quando o longa abre com uma paisagem nítida em contraste com a forma desfocada do protagonista, valorizando o mundo exterior tão cobiçado por um homem que passou seus últimos meses trancafiado em uma jaula. Ainda mais elegantes são as transições que Gilligan emprega em toda a trama. Inicialmente, da fuga acelerada de Pinkman para uma batida de carro na tela de videogame; mais à frente, o teto que se transforma em uma grade, ilustrando o estresse pós-traumático do personagem; em seguida, o plano detalhe no olho mágico, caracterizando a mudança de época; e nos momentos finais, quando Jesse se reencontra com Jane (Krysten Ritter) dentro do carro — note a sutileza com que o corte é feito em todas essas cenas.



    Até mesmo o que poderia facilmente ser um clichê, como a clássica cena de chuveiro empregada frequentemente nos filmes para mostrar o estado de esgotamento de um personagem, aqui ganha mais profundidade. Ao inserir uma pistola inclinada com um formato similar à curvatura de Pinkman, sendo que os dois elementos estão em lados opostos do quadro, o diretor não apenas equilibra a cena esteticamente como revela a arma como uma extensão do próprio corpo do personagem. O fato de ele balançar o objeto para retirar o excesso de água, na cena seguinte, como se fosse um simples acessório, só confirma seu estado emocional e a dificuldade em se dissociar do adereço. É também extremamente revelador que o protagonista esteja constantemente “cercado” pelas diversas linhas empregadas na direção de arte, e o fato de que há um quadrado em evidência sempre que Jesse se sente encurralado não é mera coincidência. O caráter prisional se faz presente em todos os momentos para lembrar não apenas de onde Jesse veio, mas para alertar quanto ao possível destino do personagem caso ele fracasse em seus planos.

    No que diz respeito à trama, Gilligan conduz uma espécie de coming-of-age (chegada à maturidade) de Jesse Pinkman. Na série, o personagem, embora tivesse um arco bem desenvolvido, muitas vezes servia como obstáculo para os planos mega elaborados de Walter White (Bryan Cranston), a mente brilhante por trás do império da metanfetamina. Pinkman era o jovem inconsequente e emotivo que colocava tudo a perder, levando o parceiro ao delírio quando as consequências se apresentavam — e o público também. Sem contar com o antigo professor de química e figura paterna para resolver seus problemas, Jesse é elevado ao status de protagonista e ao mesmo tempo obrigado a bolar saídas inteligentes por conta própria para permanecer vivo. É interessante observar como El Camino aborda sua transformação em um homem mais inteligente e muito menos ingênuo, mas sem necessariamente eliminar a essência bondosa do personagem. Nas cenas em que ele quase é enganado por dois homens, no apartamento de Todd (Jesse Plemons), e a abordagem inicialmente pacífica no galpão de soldagem para conseguir 1800 dólares são provas de seu caráter.




    Também proveitoso é o reencontro de Pinkman com o homem que, no final da série, daria a ele a chance de uma nova vida. Mesmo sem o tom cômico das primeiras temporadas, é incrivelmente divertido acompanhar o diálogo em que o jovem tenta descobrir se está certo sobre suas suspeitas, o que é comemorado com a empolgação que se tornou marca registrada do personagem — mesmo com a ausência do clássico “bitch”. Outro aspecto válido ressaltar é o fato de que Gilligan se mostra completamente desinteressado em uma contextualização mais aprofundada dos eventos que antecederam o início de El Camino. É, claramente, um filme feito para os fãs de seu trabalho anterior, e o diretor sinaliza essa intenção ao inserir breves referências a acontecimentos marcantes da série, como ao acionar o personagem responsável por se livrar do furgão de Jesse e Walter — vê-lo exclamar “ímãs!” é um deleite à parte.



    Como não poderia deixar de ser, o “reencontro” entre os dois personagens principais de Breaking Bad é o maior aceno ao saudosismo dos fãs. Em um flashback ambientado ainda no início da operação da dupla, White aconselha Pinkman a fazer faculdade quando eles terminarem o serviço. O diálogo se torna ainda mais impactante por sabermos o rumo que a relação dos dois tomou, e Gilligan insere a cena consciente disso, como uma espécie de reconciliação que nunca virá, tornando toda a experiência agridoce em sua essência. É interessante notar também como Jesse parece acessar os ensinamentos de White enquanto busca saídas para não ser pego. A maneira como ele se apropria da lógica de seu inimigo ("você não vai querer atirar") para escapar com o dinheiro depois de ser enganado exige uma frieza que ele talvez não tivesse se não fosse por tudo que passou com White.

    Digno do brilhantismo de Walter White e, especialmente, da humanidade de Jesse Pinkman, El Camino: A Breaking Bad Movie é um epílogo respeitoso, dedicado a celebrar um dos personagens mais queridos e aclamados da televisão na última década. Seu desfecho honra sua conturbada mas rica trajetória, e atesta novamente a qualidade ímpar de seu criador. Ousar expandir um universo intocável não é para muitos, mas Vince Gilligan sabe como contar uma história.


  • Suisei no Gargantia (Gargantia on the Verdurous Planet)


    Um anime que merecia bem mais atenção do que teve ate agora,no começo faz nos pensar que vai ser mais um anime clichê sobre mechas,mas acaba nos mostrando uma historia complexa e cheia de mistérios e revelações,personagens incríveis e diversas reflexões sobre o que é o certo e o errado,nos mostra um desenvolvimento incrível de um protagonista sem emoções e como ele se adapta a esse mundo e as pessoas que o rodeiam,nos vemos uma evolução emocional incrível do protagonista,que deixa de ser um soldado com apenas a intenção de matar para um cidadão daquela comunidade que ajuda e ser da bem com os outros,alem disso um historia com muitas reviravoltas que ta faz ficar pregado no anime querendo logo saber o fim de tudo,esse é um anime que eu super recomendo e que apesar de ter uma historia meio que fechada eu adoraria que tivesse mais uma temporada,então se ainda restam duvidas pode assistir que ira valer a pena!!!





    Sinopse: Num longínquo futuro, a Aliança Galáctica Humana têm lutado constantemente pela sua sobrevivência contra uma grotesca raça de seres conhecidos como “Hidiaasu”. Durante uma batalha intensa, Redo e o seu mech Chamber são engolidos por uma distorção no tempo e no espaço. Ao acordar do seu estado de hibernação artificialmente induzido, Redo apercebe-se que chegou à Terra, um planeta fronteiriço completamente inundado onde as pessoas vivem em navios gigantes, recolhendo relíquias das profundezas dos oceanos. Redo chega a uma das frotas chamada Gargantia onde é forçado a conviver com Amy, uma garota de 15 anos que trabalha como mensageira.


    Personagens: O anime conta com um bom elenco de personagens por toda a obra mas o destaque vai inegavelmente para Ledo e seu Robô Chamber, o primeiro cresceu a vida toda sendo treinado como soldado e nunca pode viver como um civil mas agora do nada se encontra em um mundo onde não a guerra e tem que aprender tudo sobre ele, de coisas simples como o idioma a como a sociedade funciona. O Chamber porem aprende sobre o mundo mais rápido que seu piloto, porem sua programação de maquina militar torna as suas respostas frias e diretas de inicio mas com o passar do tempo ele começa a não ser mais tão calculista e ate talvez um pouco humano.

    Animação: A animação e muito bem feita tornando ela bem agradável de se ver, mas o destaque da obra fica para os cenários, por se passar em uma Terra coberta pelo mar não a o que ver no horizonte, apenas o azul da agua ate onde se possa ver, porem os barcos que hora funcionam como navios e hora como cidades flutuantes são todos muito bem trabalhados e cheios de detalhes, fazendo um bom contraste com o mundo simples e vazio, as cenas em baixo d'agua também são bem feitas e fieis a realidade.

    Entretenimento: O anime tem um pouco de quase tudo, ação, aventura, drama, comedia, um pouco de fã servisse com o famoso episodio da roupa de banho, entre tantos outros, evitando e bem a obra de cair na mesmice o que torna um episódios sempre diferente dos outros e muito provavelmente ira te agradar.
  • Review - Brightburn – Filho das Trevas


    Conceitos já pré-estabelecidos são ainda mais divertidos de se brincar. Hoje, em plena era dos heróis, é fácil imaginar, mas volte algumas décadas, quando o fã de quadrinhos sonhava em ver seu super-herói favorito nas telonas. Agora, imagine o mesmo super-herói usando seus poderes em nome do mal. Isso, com certeza, já passou pela cabeça de muitos.

    É essa a premissa de Brightburn – Filho das Trevas, e a própria distribuição do filme faz uso de uma possibilidade que não sai da mente dos fãs de histórias em quadrinhos: “E se o Superman fosse do mal?”.

    Na história, Tori e Kyle Breyer (Elizabeth Banks e David Denman, ambos de Power Rangers – O Filme) são um casal que não conseguem ter filhos, apesar das diversas tentativas. Um dia, uma nave alienígena cai no terreno de sua propriedade trazendo um bebê em seu interior. Eles decidem criar a criança como se fosse seu próprio filho mas, com a chegada da puberdade, Brandon (Jackson Dunn, que fez uma pequena ponta como o jovem Homem-Formiga em Vingadores: Ultimato) passa a utilizar seus poderes para o mal.

    Sem vergonha alguma em escancarar a referência a Superman, Brightburn é puro pastiche, mas sem zombaria. Todos os elementos que consagraram o Homem de Aço estão aqui: a nave que vem do espaço, os raios que saem dos olhos, a superforça, os efeitos nocivos quando em contato com o material de onde vem, a habilidade de voar e a ultravelocidade, enfim, Brightburn é, literalmente, o Superman do mal.
  • Review - Tito e os Pássaros


    Tito e os Pássaros é uma animação brasileira que se inspira no expressionismo para passar uma mensagem às crianças de que o medo pode ser combatido se nos mantivermos unidos.

    A produção de animação brasileira já havia demonstrado com O Menino e o Mundo (2013) que basta investimento para que obras como aquela e como este Tito e os Pássaros sejam feitas e ganhem destaque não só aqui, mas também internacionalmente. Se o longa de Alê Abreu conseguiu uma indicação ao Oscar na categoria e venceu o Annie Awards de animação independente, agora é a vez do longa de Gabriel Bitar, Gustavo Steinberg e André Catoto Dias corroborar a ótima fase da animação nacional. Aliás, o longa chegou a aparecer entre os pré-indicados ao Oscar 2019, mas acabou ficando fora dos cinco indicados.



    Tito (voz de Pedro Henrique) é um garoto de 10 anos que tem o pai (voz de Matheus Nachtergaele) como grande ídolo, um inventor que tenta criar uma máquina capaz de vencer o medo, retratado aqui como uma epidemia que se espalha rapidamente e faz com que as pessoas apresentem sintomas que, no pior estágio, as transforma em pedras. Porém, após um grave acidente com uma de suas invenções, o pai é expulso de casa pela mãe (voz de Denise Fraga) e Tito deverá se juntar a seus amigos da escola, pássaros e até inimigos para reconstruir a máquina do pai e salvar a humanidade.

    Com fortes inspirações no movimento expressionista, as cores – em tons de verde, amarelo, laranja e vermelho – se misturam quadro a quadro, como num caleidoscópio, incitando no público o medo dos personagens, em um trabalho aliado à potente trilha sonora de Gustavo Kurlat e Ruben Feffer, que funciona quase como uma marcha nos momentos de tensão. Os ângulos de câmera também ajudam a transportar o espectador para aquele cenário de medo e angústia, como em algumas sequências onde tomadas circulares se assemelham a sonhos ou voos de pássaros, como se mergulhássemos nos pensamentos de Tito.



     Por ser uma animação voltada às crianças, o ousado desenho de produção é que se destaca aos olhos dos adultos, ainda mais diante do roteiro simples que por vezes precisa ser explícito demais mas, ainda assim, encontra espaço para críticas pontuais sobre o sensacionalismo da TV, na figura do apresentador Alaor (voz de Mateus Solano). Numa época em que o medo parece tomar conta da sociedade a nível mundial, Tito e os Pássaros não poderia surgir em melhor hora. Aos olhos de uma criança o mundo ainda tem solução.


    SINOPSE: Tito é um menino tímido de 10 anos que vive com sua mãe. De repente, uma estranha epidemia começa a se espalhar, fazendo com que pessoas fiquem doentes quando se assustam. Tito rapidamente descobre que a cura está relacionada à pesquisa feita por seu pai ausente sobre o canto dos pássaros. Ele embarca numa jornada com seus amigos para salvar o mundo da epidemia. A busca de Tito pelo antídoto se torna uma jornada para encontrar seu pai ausente e sua própria identidade.
  • Bumblebee | Crítica


    Bumblebee é um filme diferente de qualquer outro da franquia Transformers nos cinemas. As cenas de ação com robôs gigantes lutando e explodindo coisas estão lá, mas não são o centro das atenções. Há uma história envolvente, uma protagonista que convence e o cenário, nos anos 80, é divertido e bem feito, usando os elementos da época na medida certa.

    A história do soldado B-127, que se tornaria o carinhoso Bumblebee, é contada de forma simples, em um roteiro com todos os elementos que já vimos muitas vezes, mas bem executado, respeitando a inteligência do público como há muito tempo a franquia não o fazia. A trama da protagonista, Charlie (Hailee Steinfeld), sobre a busca pela própria liberdade e a aceitação de uma família que ela acredita não ser mais a dela, tem uma premissa adolescente comum, mas rende alguns sorrisos, com o irmão mais novo, Otis (Jason Drucker), e o padrasto bem intencionado Ron (Stephen Schneider). Steinfel faz muito bem o seu papel e entrega uma adolescente teimosa, rebelde e que gera empatia assim que aparece na tela.



    E há também o romance juvenil (com um desfecho interessante), os vilões de sempre, que são só maus e querem conquistar tudo sem mais explicações, um clímax cheio de emoção e superação pessoal dos mocinhos, um final com uma trilha sonora marcante e uma lição de que tudo vai dar certo: ou seja, a estrutura ideal de um filme que planeja agradar a todos.

    A direção de Travis Knight (Kubo e as Cordas Mágicas) consegue trazer emoção e um lado humano ao robô, que era, antes de tudo, uma máquina de guerra, uma bola de fogo vinda do espaço, fugindo de toda a destruição de Cyberton, com a missão de montar uma base para uma resistência. As transformações de Bumblebee também são um ponto positivo e uma evolução na franquia. Realistas, na medida do possível, mostram as peças do carro e os passos entre ser um fusca e um robô humanoide, e o aproxima do público.



    As cenas de ação, no entanto, alternam boas perseguições de carro com lutas simples demais, que deixam de explorar o potencial de uma batalha entre as máquinas gigantes. Além disso, muitas sequências parecem existir para mostrar as diferentes opções de bonecos disponíveis da fabricante de brinquedos por trás do longa, o que torna as batalhas repetitivas e cansativas — e também criam o momento ideal para comer pipoca, quando só resta esperar pelo avanço da trama.

    Bumblebee alcança todas as gerações: aquela que curtiu as explosões que caracterizaram os últimos dez anos da franquia; os mais velhos que viram Transformers na TV nos anos 80; e uma nova geração, que acaba de conhecer a franquia, através do olhar simpático e perdido do robô que era um fusquinha amarelo. O longa não economiza esforços para manter a censura livre: as armas transformam as pessoas em um tipo de meleca (estão mortos, mas não fica tão feio na tela). O humor é leve, aproveitando bastante as tentativas frustradas do robô de se adaptar ao novo planeta, e brinca com as músicas e com os objetos da época — o que, com certeza, gera curiosidade nos mais novos e se torna um ótimo assunto para o papo entre gerações, depois da sessão.

    Após mais de uma década de explosões, muita computação gráfica e pouco espaço para envolvimento real com algum personagem, Bumblebee é um ótimo filme para os mais novos conhecerem o universo de Transformers e o recomeço ideal para a franquia
  • A Cabana


    A Cabana
    Livro e Filme

    Para quem não conhece o livro conta a história de uma família que em um passeio uma dos filhos do casal é levada a uma cabana é assassinada e anos mais tarde o pai dessa família recebe uma carta escrita por ´´Deus´´ que o convida a ir na tal cabana novamente e ao chegar lá ele tem um encontro com Deus e Jesus; livro escrito por William P. Young.

    Dia 6 de Abril foi lançado o filme é baseado no livro e segundo muitos leitores criticando o filme e até mesmo muitos membros religiosos mostrando os erros segundo a bíblia do livro (por exemplo, um Deus totalmente diferente da visão teológica) e que até mesmo o livro não se trata de um Livro cristão, mas sem um gênero religioso, sendo o próprio autor um espirita; o livro mostra uma conjunção de regiões retratando Deus como um único Deus´ em todas elas. 

    Ambos descrevem um Deus humanista e não divino e um humano mais divino.

    Após o lançamento do filme muitos fãs foram conferir temendo fugir do contexto real do livro e essa fidelidade ao roteiro permaneceu no filme descrevendo fielmente a obra.
    Eu particularmente não recomendaria o livro para alguém, só por que é um livro de renome? Claro que não, particularmente antes de qualquer gênero seja livros, filmes acredito que devemos recomendar algo quando certo produto tem um conteúdo bom e o livro contém uma história muito distorcida, confusa. Porém cabe a você mesmo ler ou não.

    Deixem nos comentários suas sugestões, criticas sobre essa obra...


    Até aproxima... 
  • Reviews - HULK - Onde os monstros dormem




    Uma  animação meio  desconhecida  aqui  no  Brasil. Um grande  encontro entre Doutor Estranho e o  gigante  esmerada  Hulk.

    Hulk: Where Monsters Dwell ou  Hulk : Onde os monstros dormem se passa em uma noite de Halloween, quando as barreiras dimensionais do mundo estão fragilizadas, por ser considerada a noite mais obscura do ano. O filme já começa com cenas de ação, onde o Doutor Estranho luta para conjurar alguns monstros que estão sendo enviados ao seu mundo, rompendo a barreira dos pesadelos. Inclusive o grande vilão da animação é o Pesadelo, já conhecido em histórias do Doutor Estranho, sendo um de seus principais antagonistas nos quadrinhos.



    O filme conta com a participação do Hulk que juntamente com o Doutor Estranho, outros personagens do universo paranormal da editora são convocados para o time de heróis, entre eles: o Agente da SHIELD e zumbi Jasper Sitwell’s, Homem-Coisa, Nina Price (Vampire by Night), Lobisomem, Minotauro e ainda Hulk Buster.
    A relação criada entre a equipe formada por Jasper Sitwell’s, Homem-Coisa, Nina Price (Vampire by Night), Lobisomem e Minotauro criam um ponto forte a parte na construção da trama da animação. São personagens pouco explorados pela Marvel, mas que souberam ser bem aproveitados durante suas aparições.



    O roteiro da animação é simples, mas com uma mensagem certeira, é basicamente uma aventura de heróis da Marvel contra um vilão em uma noite de Halloween. Se você ainda não assistiu não vá esperando uma super trama com ligações com outras produções do estúdio que não acontecerá. É uma história que serve de forma isolada para contar uma história. É interessante como a Marvel Animation soube utilizar os personagens fazendo com que cada de sua maneira contribuísse para o resultado final. Há definitivamente um bom trabalho em equipe, tanto no filme quanto por parte da equipe técnica.

     

    A relação de Bruce Banner e Hulk fragilizada também serve como uma sub-trama e os personagens são bem próximos do que estávamos acostumados na série Hulk and the Agents of S.M.A.S.H. que é uma das melhores versões do Hulk em uma animação. Esse filme se encaixa muito mais no que foi construído pelas duas temporadas da série que são espetaculares, mesmo não sendo consumida exatamente por seu público alvo. Pesadelo é um vilão a altura da animação. Seu nome já entrega bem o que ele é capaz de fazer e todo seu design na animação parece conter uma forte inspiração na Banda Kiss, propositalmente ou não, o resultado ficou de bom grado.



    A Marvel Animation precisa apostar mais em filmes animados com histórias independente de estar ligado ao Universo Cinematográfico construído pela Marvel Studios. Hulk: Where Monsters Dwell entrega uma boa história sem grandes pretensões de levantar teorias de fãs. Ele apresenta uma história consistente e que vale a pena ver durante 1h15min.



    Direção: Mitch Schauer
    Roteiros: Marty Isenberg e Dave McDermott
    Dubladores: Fred Tatasciore (Hulk), Jesse Burch (Bruce Banner), Liam O’Brien (Doutor Estranho), Matthew Waterson (Pesadelo), Edward Bosco (Minotauro), Michael Robles (Benito), Mike Vaughn (Jasper Sitwell’s) e Chiara Zanni (Nina Price).
    Estúdio: Marvel Animation
    Distribuição: Walt Disney Studios Home Entertainment
  • Reviews - A vigilante do amanhã: Ghost in The Shell


     "Nós nos apegamos às memórias como se elas nos definissem. Mas eles realmente não. "

    A premissa de Ghost in the Shell envolve a ideia de que as memórias não nos definem; Nossas ações. Quando vivemos em um mundo onde a humanidade e as máquinas estão entrelaçadas, nos obriga a criar uma nova versão de nós mesmos, a ponto de podermos transferir nosso cérebro e nossa consciência para um corpo mecânico. Em tempos de relatividade da memória (perda ou alterações), quem somos nós, realmente? O que realmente faz você, você?

    Ghost in the Shell ou (Fantasma do Futuro em sua tradução) teve sua adaptação para os cinemas do mangá homônimo criado por Masamune Shirow um  dos  grandes  mestres  japoneses dessa  arte.  Transformada em um longa  animado ,dirigido por Mamoru Oshii, a adaptação acabou se tornando um dos maiores ícones da ficção científica no cinema, sendo influência direta nas obras de diversos cineastas posteriormente, além de ser uma das principais obras responsáveis pela popularização das animações japonesas no Ocidente.


    Em 2029 temos um mundo em que a tecnologia atingiu níveis neurais. A capacidade de processamento de dados a nível cerebral se tornou algo banal e a tecnologia já se tornou algo inerente na vida de todas as pessoas. A Seção 9 é um departamento especial de polícia, liderado pela Major Kusanagi Motoko, cuja especialidade é combater cyber-terrorismo e crimes relacionados. A trama se desenvolve quando Kusanagi e sua equipe investigam um criminoso conhecido como “Puppet Master”, que começa a roubar informações secretas do governo hackeando o “ghost” de suas vítimas.



    A narrativa do filme se desenvolve através da busca existencialista em que a protagonista se aprofunda. Em uma sociedade em que a tecnologia faz parte inerente da vida das pessoas, a única coisa que diferenciaria um humano de um robô seria a presença de um “ghost” (uma alma). Temos um distanciamento e intangibilidade da alma humana. O corpo é apenas uma casca para essa subjetiva alma e esse único fator seria definidor da humanidade e individualidade de alguém.

     

     Logo no início somos apresentados à Major Kusanagi, uma mulher com corpo inteiramente mecânico, porém com cérebro orgânico. Em sua primeira cena, Kusanagi entra em combate totalmente despida de suas roupas, apenas trajando uma capa de invisibilidade militar. Já aí podemos observar que o corpo cibernético transcenderia o que é humano e a sexualidade. O Paradoxo de Teseus, que foi discutido por filósofos como Heráclito, Sócrates, Platão, Thomas Hobbes e John Locke, diz: “Será que um objeto que teve todos os seus componentes trocados permaneceria sendo o mesmo objeto?”. Essa é a pergunta que a Major se faz ao longo do filme.


     A discussão continua com a presença do Puppet Master, que era apenas uma inteligência artificial criada pelo governo para fazer “trabalhos sujos”, mas que atingiu o auto esclarecimento. Não aceitando o fato de que seria desligado, ele se rebela e foge.  Seria o androide com tal racionalidade isento de humanidade? Quando se encontra com Kusanagi, diz: “A vida se perpetua através da diversidade e isso inclui a habilidade de se sacrificar quando necessário”.  A junção das duas personalidades – robótica do Puppet Master e humana de Kusanagi – poderia formar um ser completamente novo, mais grandioso e evoluído. Algo maior de fato é criado, mas Oshii nos deixa em dúvida do que seria essa entidade.



     A arte de Ghost in the Shell é  muitíssimo bem trabalhada, passando ao espectador a atmosfera opressora e sombria de um futuro dominado pela tecnologia através dos tons azulados e cinzentos acentuados. A animação é suave e natural, mas ao mesmo tempo detalhada, e se mescla sutilmente com a trilha sonora. Mais  agora tudo  ganhou  nova dimensão  com a  adaptação para  o  cinema.



    Protagonizado por Scarlett Johansson, o live action usa e abusa de um excepcional 3D, numa direção de arte futurista impressionante e efeitos visuais espetaculares. Scarlett interpreta Major, que após ser salva de um acidente, é transformada em uma policial metade humana e metade máquina, considerada a ciborgue perfeita. A premissa é basicamente a protagonista se enveredando pelo mundo dos crimes cibernéticos onde vida real e lembranças (verdadeiras ou falsas?) se fundem, ditando o ritmo da estória.


    Ghost in the Shell é uma obra grandiosa e complexa, que levanta questões e deixa o ar de dúvida como uma verdadeira obra de ficção científica o faz.



    O diretor Rupert Sanders, cujo maior sucesso foi Branca de Neve e o Caçador, conduz a trama sem grandes ousadias, afinal é um filme de origem e a ideia é diluir o anime em uma série de filmes a serem lançados futuramente. Os fãs irão reconhecer vários momentos icônicos feitos no capricho para agradá-los. Já quem desconhece a existência tanto do anime quanto da série de 26 episódios, verá ecos de Blade Runner, O Vingador do Futuro, O Quinto Elemento e, é claro, Matrix.



    Se o visual e a parte técnica são arrebatadores, o mesmo não se pode dizer dos diálogos, pouco rebuscados. Scarlett tem uma atuação apática, sem brilho, o que confere com o conceito da obra, onde máquinas são consideradas um estágio elevado do ser humano.


     Com participação especial da grande Juliette Binoche, Ghost in the Shell merece ser visto com atenção redobrada, pois o deslumbre com a profundidade do 3D e as incríveis cenas de ação, podem tirar um pouco da atenção nos detalhes que explicam em parte do que realmente se trata o filme.



  • Review - Guardiões da Galáxia 2


    Salve. salve  galera  do AnimemomentsBrasil antes de mais nada, vamos passar a sinopse. Os Guardiões da Galáxia, agora um grupo estabelecido, são contratados pelos Soberanos, uma raça de pessoas douradas, para proteger suas baterias energéticas de um monstro dimensional. Os Guardiões realizam o trabalho, e são pagos com a custódia da Nebulosa, vilã do filme anterior, que será levada para Xandar para ser presa. Só que Rocky rouba as baterias, os Soberanos vão atrás dos Guardiões e tem tudo para matá-los, até que os ladrões são salvos pelo personagem de Kurt Russell, que se apresenta como o pai do Senhor das Estrelas. Enquanto isso, os Soberanos contratam o grupo de Yondu para finalmente cuidar dos Guardiões.

                                 


    A primeira coisa que se percebe em Guardiões da Galáxia 2 é a interação entre os personagens. Passadas todas as apresentações e estabelecimento de suas personas no filme anterior, agora o foco está em como eles agem entre si. E esse é um ponto que a seqüência aproveita como se mergulhasse em uma piscina que passou o filme anterior enchendo. Movidos por piadas e zombarias, nossos heróis parecem mesmo que estão junto há muito tempo, mesmo que isso estabeleça relações que não existiam no filme anterior.

    Essas relações são as sementes do desenvolvimento dos personagens durante o filme, onde cada um tem um arco de desenvolvimento (bem, exceto o Drax), muitas vezes em conjunto com outros. Gamora deve estabelecer uma ligação com sua irmã, Rocky vê em Yondu um reflexo de si mesmo, alguém que afasta os outros, e o Groot... bem.... vó deixa  a  surpresa.



    E são essas relações que fazem a obra funcionar. Não há muita história em Guardiões 2, chegando a fazer o filme parecer perdido no meio, deixando os personagens carregarem ele. Há chance para todos brilharem (o que acaba deixando o próprio Senhor das Estrelas de lado por grande parte do filme), até mesmo a recém-chegada Mantis, única heroína introduzida na sequência.


    Tudo isso acaba no intermeio de duas coisas: piadas e estilo visual. Sobre a primeira, Guardiões 2 assume que é um filme de comédia e galhofa e poucas vezes sai disso, jogando piadas em cada oportunidade que pode e quase todas acertando. A maior parte das ineficazes ficam no início do filme, onde ainda estamos nos acostumado com as relações dos personagens, mas elas logo tomam rumo.


    Guardiões 2 é um dos filmes mais bonitos e bem trabalhado que já vi no cinema. De mais, Guardiões da Galáxia 2 é isso. Não se propõe a ser mais do que uma comédia de super-heróis, e que ainda sabe lidar com seus personagens e colocá-los em situações que os façam brilhar. Fora umas turbulências no início, uma dificuldade em engrenar a ação, não há muitas críticas a serem feitas. É uma obra que trabalha em cima dos seus pontos fortes já estabelecidos antes, e que sabe fazer isso muito bem.
  • Resenha da bela ( Graphic Novel ) Irmãos Pretos


    Um  livro  maravilhoso que eu li em um dia...Recheado de belas  ilustrações do artista Hannes Binder, conta a historia de uma garoto que foi vendido pelo pai a um homem estranha a troco de dinheiro. O nome do menino é Giorgio. Ele foi levado para Milãó, no começo Giorgio não queria ir. Mais no fim acabou aceitando pois sua mãe tinha ficado doente e sua família não tinha dinheiro para pagar um medico. Giorgio foi vendido por 25 francos. Isso era o suficiente para sua mãe ser examinado e e também comprar alimentos para seu pai, sua mãe, seus irmãos gêmeos e a Nonna. Indo a caminha de Milão Giorgio conhece um menino chamado Alfredo, os dois viram grandes amigos e juram lealdade um para o outro. Os dois meninos mais um grupo de jovens entram em barco na companhia de um homem que tinham uma cicatriz muito feia no rosto. Como estava um tempo muito chuvoso o barco que o grupo estava acaba virando no meio do mar. Alfredo e Giorgio acabam se salvando. Ouviram um grito de ajuda vindo do meio do mar, quando olharam bem era o homem da cicatriz. O mesmo homem que estavam levando eles para Milão para trabalhar como limpador de chaminés. Os dois puxaram o homem para uma ilha, assim que acordou o homem ficou espantado pelo fato dos dois garotos ter salvado a vida dele. Como eles estavam sem barco tiveram que seguir viagem a pé, ou então, pegando carona. Por fim eles chegaram em Milão, onde foram disputados por vários homens. 


     Alfredo foi vendido para o homem de cara amarela. que agarra a mão de Alfredo sem ao menos se despedir do amigo Giorgio. Giorgio foi vendido para o Mestre Rossi. Por fim foi levado para sua casa. chegando lá a mulher fez uma péssima recepção ao garoto, no começo ela nem queria da comida ao menino. O filho da senhora Rossi, chamado Anselmo também não gostou nem um pouco da chegada do garoto. a unica que dês do começo gosto do menino foi Angeletta, a filha de Mestre Rossi e senhora Rossi. Logo no primeiro dia Giorgio saiu pra limpar a chaminés,na primeira chaminé que ele foi limpar, como não tinha pratica nenhuma ele quase morreu sufocado. Com o passar do tempo Giorgio não estava sendo bem tratado, estava desnutrido e muito doente. Até aguardente Giorgio já havia tomado. Num belo dia Anselmo roubou a carteira do pai e todo mundo acusou Giorgio. Só que Angeletta viu o irmão pegando a carteira e contou para seus pais. so que Giorgio havia fugido com medo. Só que acabou sendo pego pela policia e levado novamente para casa do Senhor Rossi. Giorgio encontrou seu amigo Alfredo, que também estava muito doente. Qua alguns dias depois acabou morrendo, deixando Giorgio como capitão do seu bando, os Irmãos Pretos. 


    Num belo dia Giorgio passou mal. Ele foi trabalhar, dentro da chaminé ele desmaiou. Sorte que no local onde ele estava tinha um medico. Que o ajudou muito. comprou roupas para Giorgio, sapatos, cachecol,paleto,muitas coisas novas. Teve um dia que Giorgio resolveu fugir com quatro dos seus amigos. Tinham muitos policiais atras deles , e um homem ajudou eles a fugirem. Eles conseguiram escapar, o homem da cicatriz acabou sendo preso. Giorgio virou professor. E assim seguiu sua vida.




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