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  • Resenha: BOLERO, A MELODIA ETERNA ( CABINE DE IMPRENSA )


     "Bolero: A Melodia Eterna" é uma cinebiografia dirigida por Anne Fontaine que mergulha na vida do compositor francês Maurice Ravel, destacando o processo de criação de sua obra mais famosa, o "Bolero". O filme busca explorar não apenas a composição musical, mas também os conflitos internos e as complexidades emocionais de Ravel. 

     Enredo e Temática

    Ambientado na Paris dos anos 1920, o filme retrata Ravel, interpretado por Raphaël Personnaz, enfrenta uma crise criativa enquanto tenta compor uma peça para a bailarina Ida Rubinstein. A narrativa intercala momentos do passado e do presente, revelando as influências pessoais e profissionais que moldaram sua música. O longo também abordou a relação de Ravel com Misia Sert, sua musa e amiga, e como suas experiências na guerra e na vida pessoal impactaram sua arte. 

     Atuação e Direção

    Personnaz entrega uma performance contida e introspectiva, capturando as nuances emocionais de Ravel. Doria Tillier, como Misia, e Jeanne Balibar, como Ida, complementam o elenco com atuações marcantes. A direção de Anne Fontaine opta por uma abordagem sensível e contemplativa, evitando dramatizações excessivas e focando na jornada interior do compositor. 


     Aspectos Visuais e Sonoros

    Visualmente, o filme recria com a atmosfera da França dos anos 1920, com figuras e cenários detalhados.  A fotografia alterna entre tons quentes e sombras melancólicas, refletindo o estado emocional de Ravel.  A trilha sonora, naturalmente, destaca o "Bolero", cuja reprodução ao longo do filme serve para enfatizar a obsessão e a complexidade do processo criativo do compositor. 

     Críticas e Recepção

    A recepção crítica foi errada.  Alguns elogiaram a atuação de Personnaz e a abordagem sensível da direção, destacando a humanização de Ravel e a exploração de sua neurodivergência e assexualidade.  Outros criticaram o ritmo do filme, considerando-o morno e arrastado, e apontaram que a narrativa não conseguiu aprofundar suficientemente os conflitos internos do protagonista.  Além disso, a estrutura não linear e os flashbacks frequentes foram visíveis por alguns como elementos que dificultaram a coesão da história. 


     Conclusão

    "Bolero: A Melodia Eterna" é uma cinebiografia que busca oferecer um retrato íntimo de Maurice Ravel, explorando as complexidades de sua personalidade e o processo de criação de sua obra-prima.  Embora apresente qualidades notáveis ​​em termos de atuação e direção de arte, o filme pode não agradar a todos devido ao seu ritmo contemplativo e abordagem sutil.  Para os apreciadores de música clássica e específica na vida de grandes compositores, é uma obra que merece ser conferida

  • Resenha do Filme "O Bom Professor" (Pas des Vagues) - CABINE DE IMPRENSA


     Direção: Teddy Lussi-Modeste

    Ano: 2024
    Gênero: Drama
    Duração: Aproximadamente 1h40min

     Filme que estreou nos cinemas no dia 20 de março, com distribuição da  Mares Filmes

    "O Bom Professor" (título original: Pas des Vagues ) é um drama francês que mergulha de forma intensa e realista no universo educacional, levantando questões éticas, raciais e institucionais. O filme acompanha Lucien, um jovem professor idealista que inicia sua carreira em uma escola pública na periferia francesa. Logo ele se vê confrontado com dilemas profundos que colocam à prova seus valores e seu senso de justiça.

    A trama gira em torno de um incidente envolvendo um de seus alunos, Sofiane, acusado de comportamento inadequado. Quando Lucien decide apoiar o jovem, acreditando em sua inocência e potencial, ele entra em rota de instruções com a direção da escola e até mesmo com seus colegas, que prefere não "fazer ondas" — uma expressão que dá título ao filme em francês e resume bem a crítica que o roteiro propõe: a cultura do silêncio e da omissão nas instituições públicas.


    O filme é direto e desconfortável, evitando o sentimentalismo fácil. Ele propõe um olhar cru sobre o racismo estrutural, o preconceito social e os mecanismos de poder dentro do sistema educacional. A atuação de François Civil no papel principal é contida e poderosa, transmitindo a tensão interna de um homem dividido entre fazer o certo e proteger sua própria carreira.

    A direção de Teddy Lussi-Modeste é sóbria, com uma câmera que observa mais do que julga, e um roteiro que evita clichês, dando espaço para a ambiguidade moral dos personagens. A trilha sonora é discreta, reforçando o tom realista e dramático da narrativa.

    "O Bom Professor" não oferece respostas fáceis. Pelo contrário, o longa levanta perguntas incômodas sobre como lidamos com a verdade, com o outro e com os nossos próprios limites éticos. É um filme necessário, especialmente em tempos em que o papel do educador e o racismo institucional ainda são temas urgentes.

  • BATMAN: CRUZADO ENCAPUZADO / NÃO SURPREENDEU FOI MUITO DO MESMO


    Tendo assistido já a toda temporada de apenas 10 episódios não vai agradar a muitos. Não só pela mudança de etnias de personagens ou pela mudança se genética de outra (caso da vilã Pinguim), mas tb pela mudança de personalidades de outros personagens que foi uma tentativa de ser fazer algo novo, mas que em nada acrescentou.



    Cruzado Encapuzado é mais sobre Gotham e menos sobre a figura do Batman, que vem à série sem nada de novo. Muito sobre esse vigilante em começo de carreira atormentado por seu trauma já foi explorado em outras adaptações, seja na narrativa expositiva do Christopher Nolan ou no profundo estudo de personagem de Matt Reeves.
    Olhar para essa situação só reforça o quanto o vindouro The Brave and the Bold precisa da versão mais madura do herói, que estará lidando com a paternidade, para que se possa falar algo definitivamente novo sobre o personagem no audiovisual. Cruzado Encapuzado, que se propõe a contar algo sério sobre o herói em tom de ineditismo, mas acaba repetindo algo que já foi contado inúmeras vezes antes, mudando apenas o cenário para uma Gotham dos anos 40.

    Porém, esse desenvolvimento do submundo da cidade e seus interessantes personagens seria muito mais atrativo se o Batman participasse mais da história. Da forma que foi executado, o herói acaba virando um coadjuvante de sua própria série em alguns momentos, e isso é frustrante em algum nível. Além disso pode-se dizer que o estilo extremamente burocrático da animação é o que mais decepciona. A nova série não cumpre sua promessa de fazer jus à produção clássica de Bruce Timm nesse quesito.
    Há uma clara falta de inspiração visual e falta fluidez aos movimentos. Seria leviano descrever a animação como preguiçosa sem saber o quanto a indefinição sobre o lançamento influenciou nesse processo. Vai ver, faltou orçamento para produzir algo mais interessante. No entanto, não há como ignorar o quanto esse estilo cansado desperdiça bons elementos do script









     

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